A Telefônica Brasil (VIVT3) reportou resultados mais fortes do que o esperado, superando as estimativas do Safra para o EBITDA e lucro em 2% e 5%, respectivamente, impulsionada por R$792 milhões (antes de impostos) em reversões de provisões não recorrentes.
Na receita, o resultado não trouxe nenhuma surpresa, na avaliação dos especialistas do Banco Safra. A Vivo continuou a apresentar tendências sólidas, com a receita líquida ainda crescendo acima da inflação, seguindo bons números tanto da MSR quanto da receita fixa.
No front operacional, a margem EBITDA ficou estável a/a (em 42,5%), positivamente impactada por uma reversão de R$386 milhões de passivos contingentes regulatórios.
O lucro líquido da Vivo também foi beneficiado por uma reversão de provisão de R$406 milhões ligada à migração da concessão de voz fixa.
Resultados da Telefônica no quarto trimestre de 2024
Em resumo, a receita líquida consolidada atingiu R$14,6 bilhões, em linha com as estimativas do Safra, crescendo 7,7% a/a (vs. inflação IPCA de 4,8% no período), enquanto o EBITDA totalizou R$6,2 bilhões, um aumento de 7,8% a/a.
A margem EBITDA permaneceu estável em 42,5%, com o perfil de margem mais baixa das vendas de aparelhos e a integração da IPNet sendo compensados por uma reversão de R$386 milhões de passivos contingentes regulatórios relacionados à migração da concessão de voz fixa para o regime de autorização.
Descendo na demonstração de resultados, o lucro líquido da Vivo atingiu R$1,7 bilhão, um aumento de 9,6% a/a, superando a estimativa do Safra em 5% (e o consenso em 4%), também beneficiado por um resultado financeiro menor, refletindo a reversão de R$406 milhões de ajustes monetários em provisões relacionadas à migração da concessão de voz fixa para o regime de autorização.