A Construtora Tenda (TEND3) reportou resultados mistos no quarto trimestre de 2024, ficando aquém das estimativas do Banco Safra. Apesar do reconhecimento de receita dos empreendimentos Pode Entrar, a receita líquida da empresa caiu 7% t/t, enquanto as margens mais baixas do programa contribuíram para uma margem bruta de 27,1% mais fraca do que o esperado (-2,1pps t/t), que ainda refletiu alguns efeitos não recorrentes.
Excluindo os impactos do programa, a margem bruta ajustada da Tenda teria atingido sólidos 35,3% (+1,2pps t/t), mesmo com estimativas de inflação mais conservadoras incorporadas nos orçamentos de construção.
Em outros aspectos, a empresa registrou uma sólida geração de caixa de R$84 milhões (ex vendas de recebíveis), o que implica um inspirador rendimento de fluxo de caixa de 19%, impulsionando uma alavancagem de dívida líquida / patrimônio significativamente melhorada de 20%.
Avaliação do Safra sobre os resultados da Tenda
Os resultados do quarto trimestre da Tenda ficaram aquém das estimativas do Banco Safra e do consenso do mercado, o que pode levar a uma reação negativa nos preços das ações.
Por outro lado, os resultados recorrentes da empresa mantiveram sua trajetória de recuperação, com a margem bruta recorrente superando previsão do Safra.
A geração de caixa também foi sólida, já contribuindo para uma desalavancagem significativa, o que é um grande fator de redução de risco na tese de investimento.
O Banco Safra reforça a recomendação de Compra para TEND3, pois espera que a empresa atinja um sólido ROE de 34% em 2025, enquanto destaca suas ações negociando a uma avaliação atraente de 4,6x P/L para 2025E.