A TIM Brasil registou resultados operacionais em linha com as expectativas, liderados por valores positivos nos segmentos móvel e de fibra.
O EBITDA ajustado também ficou em linha com as estimativas do Banco Safra, atingindo uma margem de 47,4%, um crescimento de 2,1pps em relação ao ano anterior.
Por outro lado, o resultado líquido ficou aquém das nossas estimativas devido aos resultados financeiros mais elevados no trimestre, embora tenha confirmado um crescimento decente face ao ano anterior.
O volume de negócios ficou em linha com as nossas expectativas, totalizando R$6,1 bilhões, um aumento de 7,3% face ao ano anterior, impulsionado pelas tendências positivas nos negócios móvel e de fibra. As receitas de serviço móvel cresceram 7,4% A/A, devido a um melhor mix para o pós-pago e ao maior ARPU no período (+9,5% A/A).
As receitas pós-pagas aumentaram 7,4% A/A, devido:
- (i) ao aumento do ARPU do segmento (+4%);
- (ii) ao menor churn (taxa de rotatividade de clientes); e
- (iii) ao aumento de vendas da sua própria base de clientes.
Por outro lado, as receitas do pré-pago mantiveram-se praticamente estáveis (+0,4%), devido principalmente à diminuição da base de subscritores (-6,6%), apesar do desempenho positivo do ARPU, que cresceu 5,4%.
Nos serviços fixos, as receitas aumentaram 5,4% face ao período homólogo, com o TIM UltraFibra (negócio de fibra) – a principal linha do segmento fixo – a crescer 9% A/A, devido a um bom desempenho tanto do volume (a base de clientes aumentou 10% A/A) quanto do ARPU (+3% A/A).
A receita de produtos totalizou R$186 milhões, também em linha com nossas estimativas, com aumento das vendas de dispositivos 5G e equipamentos relacionados ao segmento B2B IoT da TIM.
O EBITDA ajustado atingiu R$2,9 bilhões, 0,7% acima da nossa estimativa e um aumento de 11% face ao ano anterior, com a margem a atingir 47,4% (em linha conosco e +2,1pps face ao ano anterior).
O desempenho operacional positivo e o controle do opex (+4,5% A/A) contribuíram para este aumento.
Em relação ao opex, destacamos a queda nas despesas comerciais devido ao término do acordo temporário do ano passado com a Oi, o que beneficia a comparação anual, e a queda nas despesas G&A, devido a menores despesas com a contratação de serviços de consultoria estratégica no 1T23.
O lucro líquido ajustado totalizou R$ 519 milhões no trimestre, 8% abaixo da estimativa do Safra e 19% maior em relação ao ano anterior.
O erro em relação à nossa estimativa deveu-se principalmente ao maior resultado financeiro, que foi impactado por itens não caixa no trimestre. O Capex totalizou R$1.355 milhões no 1T24, 4% acima da nossa estimativa e cerca de 22,2% das receitas.