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ANÁLISE

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Telefônica Brasil apresenta resultados positivos

O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelo pós-pago e fibra, como resultado do crescimento tanto no volume quanto no preço


A Telefônica Brasil apresentou resultados em linha com o esperado. A Vivo registrou resultados positivos, com fortes tendências operacionais tanto no setor móvel quanto no de fibra. O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelo pós-pago e fibra, como resultado do crescimento tanto no volume quanto no preço, mas também destacamos o aumento do ARPU visto em pré-pagos, que compensam a queda na base de clientes para o segmento.

Móvel: O Pós-pago continua a gerar resultados, mas o pré-pago mostra um bom desempenho de ARPU. A receita de serviços móveis cresceu 8,8% no ano, atingindo R$ 8,9 bilhões, 0,6% acima da estimativa do Banco Safra.

Mais uma vez, o segmento de pós-pagamento continuou a ter um bom desempenho, impulsionado por adições líquidas de clientes, preços e baixa rotatividade.

A base de clientes pós-pagos cresceu 7,2% a/a no trimestre, com o ARPU ex M2M crescendo 3,7% a/a, beneficiando do aumento de preço implementado em uma parte da base.

O Safra também destaca o desempenho positivo da receita pré-paga (+5% a/a), pois, apesar do declínio da base de clientes (-3% a/a), afetado pelo upselling para pós-pago, o ARPU para o segmento aumentou 9,5% a/a.

As receitas de aparelhos e eletrônicos aumentaram 10% em relação ao mesmo período, com os dispositivos 5G impulsionando as vendas, representando 87% de todos os smartphones vendidos no trimestre.

Forte crescimento em FTTH

As receitas totais de serviços fixos cresceram 3,9% a/a (em linha com a nossa estimativa), com as receitas FTTH (negócio de fibra) apresentando números fortes.

A receita da FTTH atingiu R$ 1,8 bilhão (1,6% acima de nós), crescendo 17% a/a, impulsionada pelo crescimento de 12,7% no ano em acessos e 4% no ano no receita média por usuário (chegando a R$ 90,9).

A oferta convergente da Vivo (bundle com mobile) continuou sendo um dos principais impulsionadores das vendas, representando 85% das adições brutas no trimestre (atingindo 1,8 milhões de assinantes).

A receita de Dados corporativos e TI ficou 1,3% abaixo da nossa estimativa, crescendo abaixo de uma taxa de dois dígitos, em 8,3% no ano.

A receita líquida consolidada atingiu R$ 13,7 bilhões, em linha com nossa estimativa, crescendo 7,4% a/a, com EBITDA de R$ 5,5 bilhões (também em linha conosco e com consenso).

A margem de EBITDA ficou em 39,9% (em linha com o nossa estimativa e 30bps abaixo do consenso), com as despesas de Comercial & Infraestrutura (a mais relevante) crescendo apenas 3,5% a/a, enquanto as despesas com pessoal cresceram 8% no ano, afetadas pelo ajuste salarial anual.

Lucro líquido totalizou R$1.222 milhões, 3% abaixo do número do Safra, crescendo 9% ano a ano, como os melhores resultados financeiros (beneficiaram de uma reversão de provisões) foram compensadas por impostos ligeiramente superiores ao esperado no trimestre.

Em termos de investimentos, o capex totalizou R$ 2,3 bilhões, com 17% da receita líquida, 3,5% acima da nossa estimativa, levando o EBTIDA – capex a R$ 3,1 bilhões (2% abaixo da nossa estimativa).


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