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Vale: potencial de US$ 6 bilhões com metais para energia limpa

Mineradora revela estratégia para ampliar resultados em cobre e níquel, cruciais para a transição energética


A Vale (VALE3) compartilhou seu plano estratégico ambicioso para a divisão de metais para transição energética com investidores em um webinar. A empresa tem perspectivas otimistas para os mercados de cobre e níquel, fundamentais para tecnologias de energia renovável e veículos elétricos, e projeta um valor incremental bilionário com metais básicos.

Principais destaques:

  • Potencial de criação de valor de US$2 bilhões até 2026 em fase inicial de revisão de ativos.
  • Valor incremental da empresa pode atingir US$6 bilhões com pleno potencial dos ativos e projetos até 2028.
  • Aumento na produção de cobre para 394 a 431 mil toneladas e de níquel para 209 e 231 mil toneladas previstos para 2026.

A Vale iniciou a otimização do fluxograma e a confiabilidade dos ativos com o objetivo de impulsionar a produção. As iniciativas já em execução têm como meta um aumento de aproximadamente US$400 milhões no EBITDA e um múltiplo EV/EBITDA (valor da empresa/geração de caixa) de sete vezes, descontando US$800 milhões em despesas de capital (Capex) e custos não recorrentes.

A produção de cobre e níquel deve superar as estimativas anteriores, com um aumento de produtividade de 30% no complexo de Sudbury, no Canadá.

Os custos embutidos em um financiamento (all-in) para 2026 foram revistos para baixo, com a tonelada do cobre custando entre US$ 3.150 e US$ 3.600 e do níquel variando entre US$10.350 e US$12.150. Prevê-se um déficit estrutural a partir de 2027 para o cobre e 2029 para o níquel, com expectativas de preços mais altos no futuro. Isso se deve, majoritariamente, a uma redução de custo de 10% nas operações de Salobo, no Estado do Pará, e a uma maior diluição de custos fixos em Sudbury.

Empresa antecipa déficit por alta demanda

A mineradora espera que a demanda por carros elétricos impulsione os mercados destes metais básicos e crê em déficits nos mercados de cobre e níquel diante da demanda crescente por energia renovável. A empresa está preparada para restrições no suprimento de cobre e vê potencial de crescimento da oferta de níquel – principalmente na Indonésia.

As projeções otimistas da Vale para os metais básicos são suportadas pela crescente importância desses materiais na transição global para uma economia de baixo carbono. A estratégia da empresa de otimizar operações e reduzir custos se alinha com os esforços para atender à demanda futura e mitigar possíveis impactos das mudanças regulatórias e políticas globais.

Na avaliação do time de research do Banco Safra, a Vale reflete uma visão positiva sobre o futuro dos metais para transição energética e a capacidade da empresa de gerar valor significativo em sua divisão de metais básicos. A projeção de custos mais baixos e produção aumentada fortalece a posição da empresa como líder no segmento, com potencial para aproveitar o déficit de mercado e contribuir para a transição energética global. A recomendação de compra foi reiterada.


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