O EBITDA ajustado da Vitru Educação superou as estimativas do Banco Safra e também do consenso do mercado. A receita líquida de R$ 577 milhões cresceu 11% na comparação anual e ficou 5% acima da estimativa do Safra (e -1% vs. consenso), principalmente por causa das melhorias no provisionamento e expansão decente do ticket médio.
EBITDA ajustado imprimiu R$252 milhões (+27% a/a, +18% vs. Safra e +11% vs. consenso) com margem de 43,6% (+576bps a/a,
+503bps acima dos nossos números e +497bps acima do consensus).
O EBITDA contábil ficou em R$ 218 milhões, pois houve R$ 33 milhões em despesas únicas mais relacionadas a F&A e custos de reestruturação.
Embora os resultados financeiros líquidos tenham ficado ligeiramente abaixo das estimativas do Safra, o resultado cresceu +38% a/a para 89 milhões.
Portanto, o lucro líquido ajustado foi de R$ 100 milhões (-6% ano a ano e 7% acima do nosso valor). O Safra mantém recomendação de Compra para VTRU3 devido ao seu bom equilíbrio entre potencial de crescimento e qualidade percebida.
Base de estudantes da Vitru cresce no trimestre
A Vitru Educação concluiu o trimestre com um total de 855 mil alunos matriculados em seus programas de graduação a distância (DL), representando um crescimento de +2% ano a ano. Além disso, o número total de alunos matriculados em todos os programas atingiu 946 mil, refletindo um crescimento de 3% ano a ano.
O ticket médio por aluno de graduação em ensino à distância aumentou 2% no ano, indicando uma tendência modesta, porém positiva, neste segmento. Nos demais segmentos, a área de medicina registrou receita líquida de R$ 71 milhões (+6% a/a), que agora representa 12% da receita consolidada.
Ao mesmo tempo, a receita líquida dos programas de educação no campus, excluindo o segmento de educação médica, totalizou R$ 52 milhões, representando um crescimento significativo de 26% em relação ao ano anterior. O EBITDA superou as expectativas principalmente com as melhorias das provisões. O EBITDA contábil ficou em R$218 milhões.
Ajustando os R$ 33 milhões em não recorrentes mais relacionadas a despesas de M&A e custos de reestruturação, o EBITDA ajustado
ficou em R$252 milhões (+27% a/a, +18% vs. Safra e +11% vs. consenso) com uma margem de 43,6% (+576bps a/a, +503bps acima
de nós e +497bps acima do consenso).
A batida foi impulsionada principalmente pelas provisões melhore do que o esperado, que representou 10% das receitas vs. 15% no 2T23. Esta melhoria é resultado do maior reconhecimento da base estudantil adotada no primeiro trimestre deste ano, o que levou a um melhor perfil de crédito.
Geração de fluxo de caixa livre auxiliando na alavancagem
A geração de fluxo de caixa livre chegou a R$ 93 milhões, impulsionada principalmente por uma redução de 13% nos investimentos para R$30 milhões.
Como resultado, a dívida líquida encerrou o trimestre em R$ 1,868 bilhão (R$ 41 milhões menos que no primeiro trimestre), empurrando o índice de alavancagem (relação dívida líquida/EBITDA ajustado) para 2,5x (vs. 2,7x no trimestre anterior). Por fim, a empresa anunciou um programa de recompra de ações de até 10% do capital circulante atual.