A Weg (WEGE3) apresentou tópicos relacionados às perspectivas da empresa diante das novas tarifas impostas nos EUA, em reunião para analistas com os executivos André Rodrigues (CFO), Felipe Hoffmann (diretor de RI) e José Moreira (especialista em RI). A empresa tratou também da lucratividade.
A WEG iniciou 2025 com uma perspectiva positiva, apoiada por tendências estruturais em curso, como a transição energética global e o mercado de transformadores nos EUA, que podem ser impulsionadas pelo uso crescente de Inteligência Artificial (IA).
A administração da Weg continua com a meta de crescimento de receita de dois dígitos para o ano, embora permaneça conservadoramente na casa dos dez por cento, após a base de comparação mais alta (que inclui a Marathon a partir de maio) e o câmbio.
Por segmento, os analistas do Banco Safra destacam os seguintes pontos:
- (i) EEI – o crescimento de produtos de ciclo curto no Brasil pode ser impactado por condições macroeconômicas mais difíceis, embora setores como O&G e saneamento ainda apresentem boas oportunidades. A América do Norte deve continuar a apresentar bons resultados, já que a Marathon ainda está se saindo bem. Apesar do cenário geopolítico desafiador na Europa, espera-se uma melhoria a/a impulsionada pela boa demanda por acionamentos de movimento. Finalmente, a China mostrou uma recuperação na entrada de pedidos no 2S24, o que pode levar a uma melhoria a/a na produção;
- (ii) GTD – a perspectiva do segmento permanece positiva, com um forte backlog. No segmento de geração, a administração destacou um backlog sólido no 1S25 para geração solar centralizada, que deve compensar a falta de receita de geração eólica durante o ano.
No segmento de transmissão e distribuição de energia (T&D), apesar das tarifas dos EUA, a demanda e as entregas de transformadores devem permanecer fortes, já que a produção doméstica dos EUA atende apenas 20% a 30% da demanda, e a indústria está operando a plena capacidade.
Embora o crescimento dos datacenters seja um importante impulsionador da demanda por transformadores, a direção da Weg observa que uma parte significativa da demanda atual deriva da substituição de transformadores, dado que a idade média da rede nos EUA é de aproximadamente 40 anos, o que deve sustentar pelo menos um crescimento de 5% daqui para frente.
Além disso, sua linha de carregadores de veículos elétricos continua a se sair bem, enquanto o Sistema de Armazenamento de Energia em Bateria (BESS) está começando a ganhar força no Brasil.