A receita líquida da rede Yduqs de educação atingiu R$ 1,31 bilhão (estável em relação ao ano anterior e 7% abaixo da estimativa do Banco Safra), impulsionada pelo fraco desempenho dos segmentos Presencial (OC) e Ensino a Distância (EAD), apesar do forte desempenho da divisão premium, especialmente IBMEC.
O ticket médio em OC e EAD está sofrendo ventos contrários que devem persistir pelo menos no 2S24, o que pode representar um desafio para a Yduqs cumprir integralmente sua orientação no curto prazo.
O EBITDA Ajustado registrou R$ 425 milhões (+2% A/a e 2% acima do nosso número), enquanto o EBITDA contábil ficou em R$ 414 milhões, pois houve R$ 11 milhões em não recorrentes.
As despesas financeiras líquidas cresceram +15% sequencialmente, prejudicadas principalmente por R$ 12 milhões em despesas extraordinárias após pré-pagamento de dívidas.
Como consequência, o resultado final foi de R$ 21 milhões (-63% A/a e 62% abaixo de nós). Mantemos a recomendação de Compra para YDUQ3 devido ao seu:
- (i) histórico de execução e geração de caixa; e
- (ii) bom equilíbrio entre potencial de crescimento e qualidade percebida. Sólido desempenho em premium compensando parcialmente OC e DL.
Ambos os segmentos OC e EAD registraram contração da receita e pressionaram as margens anualmente. Para o negócio presencial, o faturamento total foi de R$ 515 milhões (-8% A/a e 16% vs. Safra), com a base de alunos diminuindo 5% A/a e o ticket médio caindo 3%, devido a um pior mix, já que o aumento de preços ficou acima da inflação, segundo a empresa.
O EBITDA foi de R$ 84 milhões (-26% A/a e 32% abaixo de nós), rendendo uma margem de 17% (-350bps A/a e -400bps vs. Safra). No EAD, tanto a base de alunos quanto a receita líquida aumentaram 4% A/A, enquanto o ticket médio diminuiu 2,9% devido ao pior mix.
O EBITDA do EAD atingiu R$ 173 milhões (-10% A/a e +11% acima do Safra), com margem de 13,9% (-240bps A/a e +124bps acima de nós). Em outros lugares, a receita consolidada de prêmios cresceu 22% A/A para R$362 milhões (4% acima de nós), com o EBITDA atingindo 157 milhões (+43% A/A e +17% vs. Safra), com uma margem de 43,4% (+635bps A/A e + 493bps acima dos nossos números).
O consumo de fluxo de caixa livre prejudica a alavancagem. A geração de fluxo de caixa livre foi de -R$ 72 milhões, prejudicada por:
- (i) R$ 108 milhões em pagamento de bônus a funcionários, o que é normal para um 2T;
- (ii) maiores pagamentos de juros;
- (iii) consumo de capital de giro de R$ 139 milhões. Como resultado, a dívida líquida encerrou o trimestre em R$ 2,9 bilhões (R$ 193 milhões maior no trimestre), elevando o índice de alavancagem (índice dívida líquida/EBITDA ajustado) para 1,7x (vs. 1,6x no trimestre anterior).