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Geração eólica no mar é nova fronteira da energia

Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica do Safra, debate com os especialistas em energia Jean-Paul Prates e Guilherme Vinhas

Entre os temas abordados, a conjuntura do setor de energia no Brasil e as novas fontes de energia limpa | Foto: / Youtube

Em live promovida pelo Banco Safra, com o tema “Nova Fronteira da Energia”, o senador Jean-Paul Prates (PT-RN), falou sobre o seu projeto de lei que propõe o marco regulatório para a exploração de usinas eólicas offshore, instaladas no mar, uma tecnologia ainda inexplorada no Brasil.

A proposta apresentada recentemente no Congresso busca atrair investimentos para aproveitar a energia limpa dos ventos para atender às necessidades do país.

O debate ao vivo foi apresentado nesta quarta-feira, 10, pelo economista Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados no Banco Safra, e contou com a participação de Guilherme Vinhas, especialista em Direito Econômico pela Fundação Getúlio Vargas.

O senador Jean-Paul Prates lembrou o início da sua vida profissional como cobrador no Banco Safra, e depois como funcionário da Braspetro, no Rio de Janeiro, época em que ajudou a abrir diversas filiais da empresa no exterior.

Após cursar mestrado em gestão ambiental pela Universidade da Pensilvânia (EUA) e em economia da energia, pela Escola Superior de Petróleo, Energia e Motores da França, retornou ao Brasil, abriu uma consultoria e trabalhou na implantação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e na abertura do mercado brasileiro ao capital externo.

Projeto cria marco regulatório que permite aproveitar potencial eólico sobre as águas.

Aproveitamento do potencial eólico

Ele contou como vem trabalhando na proposta de aproveitamento do potencial eólico no Estado do Rio Grande do Norte, onde foi Secretário de Energia. Suplente de senador, assumiu uma cadeira no Senado em 2019, quando Fátima Bezerra foi eleita governadora do Rio Grande do Norte.

Segundo o senador, o estado do Rio Grande do Norte tornou-se autossuficiente em energia com o aproveitamento da energia eólica em terra.

Sobre a competitividade da energia eólica hoje no Brasil, o senador cita o resultado dos leilões de energia livre pelo qual o governo contrata a energia a ser produzida e distribuída no Brasil. Competindo com outras formas de energia, a fonte eólica conquistou espaço nos últimos leilões, com contratos de 1 gigawatt de energia no leilão de 2010.

Além da vantagem econômica, a fonte eólica desperta interesse de investidores por ser uma forma de geração limpa, fator que ganha cada vez mais importância para as empresas. Segundo ele, em alguns momentos do ano cerca de 80% da energia eólica do Nordeste já é suprido pelas usilas eólicas. “Não fossem as eólicas, hoje o Nordeste poderia estar enfrentando apagões”, afirmou o Senador.

A energia eólica, segundo o senador, já chega a representar em parte do ano cerca de 17% da energia consumida no País.

Geração de energia sobre as águas

Sobre a exploração da energia eólica no mar, o senador explica que sua proposta regula o acesso a investidores em áreas marítimas pertencentes à União para a instalação de torres com turbinas eólicas ou unidades de geração de energia solar e das ondas.

O advogado Guilherme Vinhas falou sobre a importância do marco jurídico para garantir os investimentos de que o Brasil necessita, e lembrou o interesse das empresas privadas, que hoje necessidam comprovar sua atuação nas áreas ambiental, de sustentabilidade e de governança. Joaquim Levy, do Safra, também destacou a importância da segurança jurítica para garantir os investimentos necessários para o crescimento econômico.

Jean-Paul Prates

Foi eleito um dos 25 mais influentes da indústria eólica mundial pela revista Windpower. Nascido em 1968 no Rio de Janeiro, preside o Sindicato das Empresas de Energia do Rio Grande do Norte e o Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia. É formado em direito e economia, com.

Em 2014, foi eleito primeiro . Trabalhou na regulação dos setores de petróleo, energia renovável, biocombustíveis e infraestrutura nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. Foi secretário de Estado de Energia e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Norte.

Guilherme Vinhas

Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, especialista em Direito Econômico pela Fundação Getúlio Vargas, Guilherme Vinhas advoga há mais de vinte anos em temas de direito regulatório e infraestrutura, especialmente no setor de petróleo e gás natural. Atualmente é sócio do Escritório Vinhas e Redenschi Advogados, tendo trabalhado no departamento jurídico de empresa do setor de petróleo bem como na Procuradoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

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