Apesar de produção menor que o esperado, Aura eleva capacidade em 2023
A produção da Aura no segundo trimestre foi de 55,6 mil onças equivalentes, queda de 9% na comparação trimestral e 12% no comparativo anual
12/07/2022A produção da Aura (AURA33) no segundo trimestre de 2022 foi de 55,6 mil onças equivalentes de ouro (GEO), o que representa queda de 9% na comparação trimestral e recuo de 12% em relação ao mesmo período de 2021.
Segundo relatório do Banco Safra, a queda trimestral em San Andres, devido a menores taxas de recuperação de minério de sulfeto, foi parcialmente compensada pela maior produção em Ernesto/Pau-a-Pique (EPP), enquanto os volumes de Aranzazu refletem tanto os menores teores de cobre e ouro, quanto os menores preços de cobre.
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Segundo o banco, embora a orientação de produção para o ano de 260 a 290 mil onças tenha sido mantida, a empresa agora espera entregar a metade inferior da faixa.
Espera-se que os resultados favoráveis das minas impulsionem o crescimento da produção no segundo semestre de 2022 e, além de encorajar os resultados de exploração que apontam para potenciais aumentos de volume, o que levou o Safra a manter a recomendação de compra para Aura.
Além disso, a queda na produção em San Andrés (9% na comparação trimestral e 27% na anual) deve-se principalmente à maior concentração de minério de sulfeto, que impacta negativamente os níveis de recuperação de ouro.
Em Aranzazu, os números de produção (queda de 13% no trimestre e alta de 17% ao ano) continuam refletindo operações estáveis, mas foram prejudicados pela queda trimestral de 7% nos preços do cobre que impactou negativamente a conversão em onças equivalentes de ouro.
Segundo o Safra, espera-se que o impulso positivo para os volumes persista pelo resto do ano, já que a área a ser minerada já está acessível, mas a queda dos preços do cobre devido a temores de recessão pode impedir a produção de ouro na operação.
O desempenho de Minas EPP (alta de 2% no trimestre e recuo de 12% no ano) continuou sendo negativamente impactado pela abordagem de sequenciamento de minas, mas o uso de estoque de baixo teor levou à redução do capital de giro e deve ter gerado uma redução nos custos para o trimestre, de acordo com o Safra.
As atividades de exploração e engenharia em Almas estão dentro do cronograma, compras e contratos de serviços bem cronometrados e dentro do orçamento, apesar da inflação de custos.
A Aura espera que as operações comecem em abril de 2023 e as atividades de exploração em Matupá estão em andamento. Com relação à Borborema, a companhia prevê o fechamento da operação até setembro de 2022, mas a administração já está realizando uma avaliação interna para estabelecer uma ordem de priorização de construção entre Matupá e Borborema.
Vale a pena investir em AURA33?
- Perspectiva positiva para os preços do ouro;
- Histórico positivo: Desde a mudança de gestão em 2017, Aura reiniciou a produção comercial nas minas de Aranzazu (México) e EPP (Brasil) com maiores volumes e menores custos;
- Baixa alavancagem;
- Forte geração de fluxo de caixa que deve se traduzir em dividendos;
- Diversificação geográfica.
Quais são os principais riscos de AURA33?
- Queda do preço do ouro;
- Riscos geológicos, pois os volumes estimados podem não ser confirmados;
- Riscos de execução, que podem causar atrasos nos projetos ou mesmo reduzir as taxas de retorno;
- Questões regulatórias, como tributação e licenciamento; e
- Riscos ambientais e de segurança, inerentes às atividades de mineração.
Sobre a Aura Minerals (AURA33)
Aura Minerals é uma mineradora de ouro e cobre que atualmente opera três minas – San Andres (Honduras), Ernesto / Pau-a-Pique (Brasil) e Aranzazu (México) – e tem uma mina de ouro pré-operacional no EUA, bem como projetos greenfield na Colômbia e no Brasil.
A Aura tem reservas provadas e prováveis totais de 1,9 milhão de onças de ouro e 156 milhões de libras de cobre. Se considerarmos os recursos totais (medidos, indicados e inferidos), a empresa tem 5,3 milhões de onças de ouro e 611 milhões de libras de cobre.