Apple quer transformar os fones de ouvido AirPods em ferramentas de saúde
Empresa desenvolve protótipos com termômetro corporal, sensor de má postura e recursos para ajudar deficientes auditivos
13/10/2021Líder do mercado global de fones com tecnologia Bluetooth (sem fio), os AirPods, produzidos pela Apple, podem se tornar ferramentas de saúde no futuro.
De acordo com o Wall Street Journal, a gigante de tecnologia estuda incluir ferramentas nas próximas gerações do aparelho.
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Sendo assim, o equipamento poderá ter um termômetro corporal e um sensor de má postura, além de funcionar como aparelho de amplificação para deficientes auditivos.
Segundo o jornal, que conseguiu documentos sobre os planos da Apple, protótipos de AirPods que medem a temperatura corporal do usuário pelas orelhas já estão sendo desenvolvidos pela companhia.
Este termômetro poderia ser incluído em outros dispositivos da empresa no futuro, como o relógio de pulso Apple Watch.
Porém, o grande alvo da gigante do Vale do Silício seria o mercado de saúde auditiva.
Atualmente, os AirPods Pro – versão top de linha dos fones Bluetooth da empresa – já oferecem recursos para melhorar a audição.
Um deles é o ‘conversation boost’ (amplificação de conversa, em tradução literal).
Lançado na última semana, o recurso aumenta o volume e a clareza da voz de uma pessoa que conversa com o usuário dos fones, como se fosse um captador de som.
Estimativa da empresa de pesquisas Strategy Analytics aponta que os AirPods geraram US$ 12,8 bilhões (R$ 70,5 bilhões) em receita para a companhia da maçã em 2020.
Caminho regulatório para os AirPods
Conforme o Wall Street Journal, novos regulamentos que devem ser aprovados pela FDA (agência reguladora dos EUA similar à Anvisa) no próximo ano, permitiriam a venda de uma nova classe de aparelhos auditivos mais baratos.
Com isso, a Apple poderia comercializar fones de ouvido como se fossem aparelhos para deficientes auditivos de grau leve.
Hoje, os aparelhos auditivos têm a venda permitida somente por especialistas licenciados que ajustam os equipamentos para o usuário.
Assim, o caminho pode ser pavimentado para que outras empresas como Bose, Samsung e a própria Apple comercializem aparelhos auditivos mais baratos.
Dados do Centro Cochlear para Audição e Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins apontam que cerca de 28 milhões de americanos sofrem de perda auditiva leve.
No entanto, apenas 5% usam um aparelho auditivo. Outros 12 milhões sofrem de perda auditiva moderada, embora apenas 37% desse grupo use aparelho auditivo.
iPhones
Por fim, a reportagem explica que os planos da Apple de ampliar recursos de saúde vão além dos AirPods e do Apple Watch.
Nesse ínterim de testes, a empresa também estaria trabalhando em tecnologias para o iPhone, celular que é o carro-chefe da companhia.
A ideia seria utilizar o aparelho para ajudar no diagnóstico de depressão e declínio cognitivo.