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Arrecadação com impostos bate recorde em fevereiro

Impostos e contribuições federais somaram R$ 127,7 bilhões no mês, melhor resultado já registrado, apesar da pandemia

receita federal

O resultado representa aumento real de 4,30% na comparação com o mesmo mês de 2020, informou a Receita Federal | Foto: AE

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 127,7 bilhões em fevereiro, o melhor resultado para o mês na série histórica da Receita Federal iniciada há 21 anos. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 4,30% na comparação com o mesmo mês de 2020.

Já em relação a janeiro deste ano, houve queda de 29,72% no recolhimento de impostos.

De acordo com a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado decorre do comportamento das principais variáveis macroeconômicas no mês e da arrecadação extraordinária de R$ 5 bilhões a mais no Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O comportamento dos tributos sobre o comércio exterior também influenciou o resultado. Por outro lado, as compensações tributárias cresceram 82,94% em relação ao mesmo mês de 2020;

No acumulado do ano até fevereiro, a arrecadação federal somou R$ 307,968 bilhões, também recorde para o primeiro bimestre. O montante ainda representa um avanço real de 0,81% na comparação com os primeiros dois meses do ano passado.

Desonerações custaram R$ 14,8 bilhões

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 14,877 bilhões no primeiro bimestre deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 13,533 bilhões.

Apenas no mês de fevereiro, as desonerações totalizaram R$ 6,967 bilhões, também acima do registrado em igual mês do ano passado (R$ 6,830 bilhões).

Boa parte do aumento no acumulado do ano se deve à desoneração de IOF sobre crédito, que ainda teve impacto de R$ 990 milhões em janeiro, e de IPI sobre bens associados ao combate da covid-19, que gerou efeito de R$ 104 milhões no primeiro mês do ano.

A PEC emergencial, aprovada pelo Congresso Nacional neste mês, incluiu a exigência de um plano de redução gradual dos incentivos e benefícios de natureza tributária (subsídios, isenções e desonerações) para 2% do PIB em 8 anos. O patamar atual é de aproximadamente 4,2% do PIB. O governo tem até seis meses para apresentar esse plano. (AE)

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