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Arrecadação federal em 2020 soma R$ 1,48 trilhão

Queda no ano foi de 7,9%, mas em dezembro a receita com impostos registrou o quinto mês consecutivo de crescimento

entrada da Receita Federal em Brasília

Em dezembro, a arrecadação somou R$ 159 bilhões, o melhor resultado para o mês desde 2013 | Foto: Agência Brasil

Impactada pela pandemia de covid-19, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 1,48 trilhão em 2020, o pior resultado anual desde 2010, de R$ 1,47 trilhão – considerando valores corrigidos pelo IPCA.

A recessão e as desonerações de crédito na pandemia causaram queda de 6,91% na arrecadação, em comparação ao ano anterior e descontada a inflação.

Em dezembro, a arrecadação somou R$ 159 bilhões, o melhor resultado para o mês desde 2013, quando as receitas somaram R$ 172,506 bilhões.

Com a retomada da atividade econômica e o fim do adiamento do pagamento de tributos adotado pela Receita Federal nos piores meses da crise da pandemia de covid-19, o resultado representou um aumento real de 3,18% na comparação com o mesmo mês de 2019.

Quinta alta mensal consecutiva

Essa foi a quinta alta real mensal consecutiva. Em relação a novembro, houve aumento de 12,02% no recolhimento de impostos.

De acordo com a Receita Federal, o resultado da arrecadação no ano passado decorre do comportamento dos principais indicadores econômicos, bastante afetados pela pandemia ao longo do ano. O órgão destacou o crescimento de 58,86% no volume de compensações tributárias no ano, que somaram R$ 62,1 bilhões.

A Receita apontou a renúncia fiscal de R$ 19,7 bilhões com a desoneração do Imposto sobre Operações Financeiras no crédito em 2020. Por outro lado, houve uma arrecadação atípica de R$ 8 bilhões com Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no ano passado.

De acordo com a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de dezembro decorre do comportamento das principais variáveis macroeconômicas no mês. O resultado contou ainda com aporte de R$ 7 bilhões em pagamentos de parcelas diferidas no auge da crise. (AE)

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