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Arrecadação recorde chega a R$ 142 bilhões em maio

Valor é quase 70% maior do que o resultado de maio de 2020, informou a Receita Federal, que cita "fatores não recorrentes"

Mão feminina na calculadora

Arrecadação no ato até maio somou R$ 744,8 bilhões, maior valor para o período da série histórica iniciada em 1995 | Foto: Getty Images

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 142,106 bilhões em maio, o maior valor para o mês da série histórica da Receita Federal, que teve início em 1995.

O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 69,88% na comparação com o mesmo mês de 2020. Em relação a abril deste ano, no entanto, houve queda de 10,13% no recolhimento de impostos.

O resultado das receitas veio acima da mediana de R$ 136,100 bilhões das estimativas do mercado.

O resultado acumulado do ano até maio somou R$ 744,828 bilhões, também o maior volume para o período da série histórica (1995). O montante ainda representa um recuo real de 21,17% na comparação com os primeiros cinco meses do ano passado.

Receita explica arrecadação recorde de impostos

De acordo com a Receita Federal, o resultado é explicado, principalmente, por fatores não recorrentes, como recolhimentos extraordinários de, aproximadamente, R$ 16 bilhões do IRPJ/CSLL de janeiro a maio de 2021.

“Além disso, as compensações aumentaram 89% em maio de 2021 em relação a maio de 2020 e cresceram 46% no período acumulado”, completa o órgão.

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Renúncia fiscal chega perto de R$ 40 bilhões

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 39,825 bilhões nos primeiros cinco meses deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 37,213 bilhões.

Apenas no mês de maio, as desonerações totalizaram R$ 8,962 bilhões, também acima do registrado em maio do ano passado (R$ 8,446 bilhões).

A PEC Emergencial, aprovada pelo Congresso Nacional no início do ano, inclui um plano de redução gradual dos incentivos e benefícios de natureza tributária (subsídios, isenções e desonerações) para 2% do PIB em oito anos (o patamar atual é de aproximadamente 4,2% do PIB). (AE)

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