Ata do Fed indica desaceleração da alta dos juros em dezembro
Maioria dos dirigentes do Federal Reserve julgou que uma desaceleração no ritmo de aumento dos juros seria apropriada em dezembro
23/11/2022Dirigentes do Federal Reserve (Fed) consideram apropriado desacelerar o ritmo dos aumentos das taxas de juros, indicando que a autoridade monetária dos Estados Unidos está decidida a desacelerar o ritmo da alta dos juros para 50 pontos-base (0,50 ponto porcentual) em dezembro. É o que relata a ata da última reunião, realizada nos dias 1º e 2 de novembro.
“Uma maioria substancial dos participantes da reunião do Federal Reserve julgou que uma desaceleração no ritmo de crescimento provavelmente seria apropriada em breve”, informa a ata do encontro do Fed divulgada nesta quarta-feira, 23.
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Ao mesmo tempo, “vários” dirigentes do banco central americano concluíram que “o nível final da taxa de juros federais necessário para atingir as metas de inflação devem ser um pouco mais alto do que eles esperavam anteriormente”.
Na reunião, as autoridades elevaram a taxa de referência em 75 pontos-base pela quarta vez consecutiva, para 3,75% a 4% ao ano, ampliando um pouco mais o aperto mais agressivo nos juros desde a década de 1980 para combater a inflação mais alta em 40 anos.
As autoridades discutiram os efeitos da política monetária na economia e na inflação, e em quanto tempo o aperto cumulativo começaria a ter impacto sobre os gastos dos consumidores e sobre as contratações no mercado de trabalho.
Dirigentes do Federal Reserve indicam desaceleração da alta dos juros
Algumas das autoridades do Fed disseram que um ritmo mais lento de aumentos de juros permitiria avaliar o progresso de suas metas. “As defasagens e magnitudes incertas associadas aos efeitos das ações de política monetária sobre a atividade econômica e a inflação estão entre as razões citadas sobre a importância de tal avaliação”, informa a ata.
O Fed disse em sua declaração na última reunião de política monetária que as taxas continuariam subindo para um nível “suficientemente restritivo”, levando em consideração o aperto cumulativo e os atrasos nas políticas. O presidente do Fed, Jerome Powell, explicou em uma entrevista coletiva após a reunião que as taxas acabarão subindo mais do que as autoridades esperavam quando apresentaram as previsões em setembro, enquanto sinalizava que o ritmo dos aumentos seria moderado daqui para frente.
Desde então, várias autoridades apoiaram a redução para um aumento de 50 pontos-base quando se reunirem no próximo mês. Os investidores veem as coisas da mesma maneira, enquanto apostam que as taxas atingirão um pico em torno de 5% em meados de 2023, de acordo com os contratos futuros.