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Autorretrato de Frida Kahlo é vendido por R$ 191 milhões

Obra da artista mexicana Frida Kahlo ultrapassa recorde das obras do marido Diego Rivera com o valor mais alto já pago por uma pintura latino-americana

Frida Kahlo

Autorretrato de Frida Kahlo tem o marido Diego Rivera na testa, como um terceiro olho | Foto: Reprodução

Um autorretrato da artista mexicana Frida Kahlo com seu marido, o artista Diego Rivera, foi vendido em leilão pelo valor recorde de US$ 34,9 milhões, o equivalente a R$ 191 milhões. O preço é o mais alto já pago por uma pintura de um artista latino-americano.

Concluído em 1949, “Diego y yo” (Diego e eu) de Frida Kahlo foi leiloado na Sotheby’s, em Nova York. O preço incluía US$ 3,9 milhões em taxas (R$ 21,4 milhões), disse a casa de leilões.

O quadro foi adquirido pelo colecionador Eduardo F. Costantini, fundador do Museu de Arte Latinoamericano (Malba) de Buenos Aires. Com “Diego y yo”, Frida passa à frente do marido, Diego Rivera (1886-1957), que até então detinha o maior preço em leilão para obra latino-americana com “Los Rivales”, de 1931, vendido pela Christie’s em maio de 2018 por US$ 9,8 milhões.

O recorde anterior para obra de Frida vendida em leilão era de “Dos Desnudos en el Bosque (La Tierra Misma)”, de 1939, arrematado por US$ 8 milhões na Christie’s em maio de 2016.

“Esta é uma das obras mais importantes de Kahlo que já foi a leilão e estamos entusiasmados que ele deveria estar na Sotheby’s”, disse Oliver Barker, leiloeiro e diretor sênior da Sotheby’s, ao abrir a licitação.

Pintura mostra Frida Kahlo com Diego Rivena na testa

A pintura mostra um Kahlo de olhos marejados com o cabelo solto ao seu redor, um retrato de Rivera com um terceiro olho embutido acima de sua testa.

Frida Kahlo, que passou longos períodos na cama após um acidente de trânsito em sua juventude, criou cerca de 200 pinturas, esboços e desenhos – principalmente autorretratos – nos quais ela transformou seu infortúnio em obras de cor ousada e força emblemática.

Ela alcançou fama internacional após sua morte em 1954, e após a década de 1970 surgiu como um ícone feminista.

“Diego y yo” foi pintado no mesmo ano em que Rivera teve um caso com Maria Félix, atriz da época de ouro do cinema mexicano e amiga de Frida. “Você poderia chamar o resultado desta noite de vingança definitiva”, comentou a diretora de Arte Latino-americana da Sotheby’s, Anna Di Stasi. (Agências)

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