Ação da B3 tem classificação de compra após balanço favorável
O Banco Safra reitera a classificação de Compra para a ação da B3, com preço-alvo de R$ 14 por ação
14/08/2024A B3 publicou dados operacionais para julho vistos como favoráveis na análise do Banco Safra. Após os bons números de junho, o volume médio diário de negociação (ADTV) da B3 caiu sequencialmente para R$ 21,7 bilhões devido a efeitos sazonais.
No entanto, o Safra vê uma tendência de desaceleração mais lenta em base anual (de -21% em junho para -13% em julho), que considera positiva.
Os analistas do banco destacam que os volumes não-equities continuaram a impulsionar “volumes sonoros” sequencialmente, o que contribuiu para uma batida no segundo trimestre que pode potencialmente repetir no terceiro.
Safra reitera classificação de compra para a ação da B3
O Safra reitera a classificação de Compra para a B3, com preço-alvo de R$ 14 por ação, embora acreditamos que o BTG se destaque como uma jogada mais “ancorada” nos mercados de capitais, em face de sua plataforma de negócios diversificada e “base mais forte”.
Cotado: Cash Equities e Equity Instruments (~34% do total de receitas no 2T24). O ADTV da B3 foi de R$ 21,7 bilhões em julho, caindo sequencialmente (-9,6% no mês) devido a efeitos sazonais. No entanto, em uma base do ano, vimos uma ligeira desaceleração (-13% a/a no mês de julho vs. -21% a/a no mês de junho).
A velocidade de turnover foi de 117,8%, em comparação com 136% no 1T24. Em uma nota positiva, a ADTV em agosto (segundo o BDI) está em R$ 23,5 bilhões, implicando outro aumento sequencial que virá.
Derivados Cotados (24% do total de receitas): O desempenho dos não-equity listados (taxas de juros, câmbio e commodities) foi bom em julho. O número médio diário de contratos (ADV) da B3 ficou em 7,102 milhões, +21,5% a/a. Por outro lado, a receita por contrato (RPC) foi de R$ 1,375, -5,5% menor no ano, principalmente em taxas de juros mais baixas em BRL (-22,4% no ano) e commodities (11,6% no ano).
Segmento OTC (16% do total de receitas): Ainda refletindo o cenário de maior taxa de juros, o OTC continua a publicar bons números. O saldo em circulação de instrumentos de renda fixa aumentou 1,3% no mês em curso (novas emissões cresceram 7,1% no mês em curso), enquanto o saldo em circulação de derivados e operações estruturadas subiu 4,8% no mês em curso (com as novas emissões a recuar 12,9%). O saldo do “Tesouro Direto” continuou a evoluir, atingindo R$ 139 bilhões (+2,1% no mês).
Infraestrutura para financiamento: (5% das receitas totais). Os veículos totais (financiados apenas) aumentaram 27,2% em julho (+7,2% no mês de julho), seguindo as melhores tendências do setor. Em uma base sequencial, a penetração do crédito ficou em 33,3%, -127 bps no mês de janeiro. Tecnologia, dados e serviços (19% das receitas totais). Por fim, a utilização mensal na divisão de Tecnologia, Dados e Serviços aumentou 7,8% no ano e 1,1% no mês em curso.