Balanços do setor de saúde refletem alívio anterior à ômicron
Empresas do setor devem apresentar trimestre mais normalizado, diante da redução temporária de infecções que precedeu a onda de ômicron
09/02/2022Com a redução temporária da pandemia nos últimos meses do ano passado, antes da onda de ômicron atingir o Brasil, a expectativa era de um trimestre com sazonalidade mais normalizada para as empresas do setor de saúde.
O Banco Safra prevê um ambiente geral melhor para as operadoras de saúde nos balanços referentes ao 4º trimestre de 2021, e também para os hospitais e laboratórios.
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Com menos infecções naquele período, o mercado deve observar volumes sequencialmente menores de testes relacionados à covid para os laboratórios, menores taxas de ocupação para hospitais e menor sinistralidade para operadoras de saúde.
Lembrando que a pandemia havia perdido bastante força no trimestre, tendência que mudou apenas na segunda quinzena de dezembro, o que não deve ser suficiente para trazer um impacto material nos números dos últimos trimestres.
O Safra acredita que os destaques em termos de crescimento orgânico de receita e melhoria sequencial de margem devem ser Hapvida, Qualicorp e SulAmérica.
Por outro lado, os laboratórios Alliar, Hermes Pardini e Fleury devem enfrentar maiores ventos contrários pelas bases de comparação mais difíceis.
Dentro de uma estratégia de valor no setor de saúde, o Safra destaca as units da SulAmérica, que oferecem valuation atraente, bem como uma sólida tendência operacional, pois apresentam bom crescimento orgânico, esão favorecidas por ventos favoráveis e sem risco com o aumento das taxas de juros.
Do lado do crescimento, o Safra destaca a perspectiva de risco e retorno para as ações da Rede D’Or, com crescimento razoavelmente bem gerenciável, pois aproximadamente 50% dele vem de projetos de expansão orgânica com grande transparência em cada projeto.
A outra metade depende de M&A e é diluída entre vários projetos relativamente pequenos. Conta ainda o sólido histórico de execução.