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Banco do Povo da China reduz taxas de juros

Esta é a primeira vez em 21 meses que o banco central chinês reduz taxas de curto e longo prazos ao mesmo tempo, buscando estimular a economia

Fachada do Banco do Povo da China, o banco central do país, que reduziu os juros

Corte nos chamados LPRs vêm depois da China reduzir a taxa de juros de médio prazo (MLF) no início desta semana | Foto: Getty Images

O Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) cortou suas taxas de juros de referência (LPRs) para empréstimos de curto e longo prazos, depois de reduzir a taxa de médio prazo (MLF) no início desta semana.

A LPR de um ano caiu de 3,80% para 3,70%, em corte maior que o de 5 pontos porcentuais feito em dezembro. Já a LPR para empréstimos de cinco anos ou mais passou de 4,65% para 4,60%.

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Esta é a primeira vez em 21 meses que o banco central da China reduz as duas taxas de juros ao mesmo tempo.

Os cortes, porém, eram amplamente esperados pelo mercado, após o banco central reduzir a taxa de médio prazo de 2,95% para 2,85%.

Ao cortar os juros, o PBoC tenta estimular a economia em desaceleração, que enfrenta uma nova onda de casos de coronavírus e se recupera de uma série de medidas regulatórias duras.

No quarto trimestre de 2021, o PIB chinês teve expansão anual de 4%, significativamente menor que o ganho de 4,9% observado nos três meses anteriores.

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Na última terça-feira, 18, Liu Guoqiang, vice-diretor do PBoC, disse que o banco agirá mais cedo e com mais força para estabilizar a economia em 2022, um ano politicamente importante para o líder chinês Xi Jinping, que deve romper com o precedente recente e buscar um terceiro mandato no poder.

Liu disse que o banco central orientará as instituições financeiras a expandir a emissão de crédito este ano, usando uma variedade de ferramentas para garantir ampla liquidez do mercado.

Aumento dos juros na China amplia altas do minério de ferro

Nesta quinta-feira, o dólar opera misto no mercado financeiro, com queda no mercado à vista e viés de alta no contrato futuro de fevereiro.

Os ajustes são conduzidos pela continuidade do recuo dos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) e do dólar fraco ante algumas moedas emergentes e ligadas a commodities, como peso mexicano e peso chileno.

Os investidores ajustam posições de olho no corte de juros de curto e longo prazo na China e com as commodities mistas.

O petróleo opera com queda, mas o preço do minério de ferro negociado em Qingdao, na China, fechou em alta de 2,66% nesta quinta-feira, cotado a US$ 134,72 a tonelada, informou um operador.

Sendo assim, a commodity metálica estende as altas de quarta-feira, 19, com a mudança na política chinesa de juros. (AE)

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