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Banco da Inglaterra eleva juro e admite que aperto monetário pode ser maior

BoE aumenta a taxa no país em 25 pontos-base e juros vão a 4,25% ao ano; banco informou que segue perseguindo a meta de inflação

Banco da Inglaterra

BoE informou que “incertezas em torno da perspectiva financeira e econômica aumentaram”, após a quebra de bancos nos EUA| Foto: Getty Images

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 4,25%, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, como previsto pela maioria dos analistas.

Em comunicado, o BC inglês informou que a decisão sobre a alta do juro básico foi por 7 votos a favor e 2 contra. Os dirigentes contrários, Swati Dhingra e Silvana Tenreyro, votaram pela manutenção da taxa em 4%.

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O BoE também reafirmou que novo aperto da política monetária será necessário se houver evidências de “mais pressões persistentes”.

O BC inglês também previu que medidas fiscais anunciadas pelo governo do Reino Unido impulsionarão o Produto Interno Bruto (PIB) britânico em cerca de 0,3% nos próximos anos. O BoE espera agora que a economia do país “cresça levemente” no segundo trimestre, ante uma projeção anterior de queda de 0,4%.

O BoE avaliou também que “incertezas em torno da perspectiva financeira e econômica aumentaram”, após a quebra de bancos regionais nos EUA e os recente problemas enfrentados pelo Credit Suisse, e prometeu monitorar de perto as condições de crédito das famílias e empresas no Reino Unido. Segundo o BC inglês, o sistema bancário britânico permanece resiliente”.

Juro mais alto é estratégia para conter inflação

A decisão do BoE veio um dia após dados mostrarem que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) britânico voltou a acelerar em fevereiro, a 10,4%. A meta de inflação do BoE é de 2%.

O BoE seguiu a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) que, ontem, anunciou alta dos juros nos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual. A alta já era prevista pela maioria dos economistas, mas o Fed adotou tom mais moderado para a trajetória futura dos juros americanos. Além disso, sugere apenas mais um aumento de juros até o fim do ano, também de 25 pontos-base. Hoje, o intervalo da taxa americana vai de 4,75% a 5% ao ano.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano pela quinta vez seguida. Em comunciado, a autoridade monetária não trouxe nenhuma menção ao início de um ciclo de redução dos juros. Além disso, o documento destacou a deterioração das expectativas de inflação para prazos mais longos e voltou a citar a possibilidade inclusive de voltar a aumentar a Selic. (AE)

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