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Banco do Povo da China volta a cortar juros para estimular a economia

Taxa de empréstimos de um ano caiu de 3,7% para 3,65%, enquanto a taxa de cinco anos baixou de 4,45% para 4,3%, informou o Banco do Povo da China

Juros na China

China já havia cortado taxas de juros no crédito de médio prazo em 10 pontos base | Foto: Getty Images

A China cortou sua taxa básica de juros de empréstimos, uma medida que fornecerá mais suporte para a desaceleração da economia depois que o banco central baixou duas outras principais taxas na semana passada.

A taxa básica de empréstimos de um ano, oferecida aos melhores clientes dos bancos, foi reduzida 3,7% para 3,65%, enquanto a taxa de cinco anos foi reduzida de 4,45% para 4,3%, informou o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês).

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Pequim baixou pela última vez sua taxa de um ano em janeiro e pela última vez cortou sua taxa de cinco anos, que é usada para precificar empréstimos de longo prazo, como hipotecas, em maio. As reduções eram amplamente esperadas depois que o PBoC na semana passada surpreendeu o mercado ao reduzir as taxas de empréstimo de sua linha de crédito de médio prazo em 10 pontos base.

Corte de juros na China indica flexibilização da política do Banco do Povo

Após os anúncios recentes do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) a impressão é de que a política está sendo flexibilizada, mas não drasticamente, avalia a Capital Economics. Em relatório, a consultoria prevê mais dois cortes de 10 pontos base nas taxas do banco no restante deste ano.

“É provável que o PBoC também utilize outras medidas para encorajar os bancos a baixar as taxas de empréstimo. Embora novas medidas de flexibilização estejam nos planos, o crescimento do crédito está se mostrando menos responsivo ao afrouxamento das políticas do que no passado”, avalia.

A atual fraqueza na demanda por empréstimos é parcialmente estrutural, refletindo uma perda de confiança no mercado imobiliário e a incerteza causada por interrupções recorrentes da estratégia para covid zero da China, afirma a consultoria. “Esses são problemas que não podem ser facilmente resolvidos pela política monetária”, pondera.

Além disso, o PBoC “ainda parece relutante em adotar estímulos em larga escala, apesar de uma desaceleração no crescimento do crédito”, aponta a análise. “Como tal, acreditamos que qualquer suporte adicional ficará aquém de impulsionar uma forte recuperação” da economia chinesa, conclui. (AE)

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