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Aumento de juros nos EUA eleva ganho de bancos e ameaça setor imobiliário

Juros altos nos EUA para combater a inflação sustentaram ganhos maiores dos bancos, mas acenderam o alerta para impactos no setor imobiliário

Bancos nos EUA

JPMorgan, Wells Fargo e Bank of America conseguiram elevar os lucros e sustentaram o crescimento do período | Foto: Getty Images

Em um trimestre que começou sacudido pela primeira turbulência bancária nos Estados Unidos desde a crise financeira internacional de 2008 e terminou mais calmo, a temporada de balanços dos grandes bancos foi na direção contrária.

O crescimento dos lucros desacelerou à medida que os pesos-pesados de Wall Street revelaram nos últimos dias os seus resultados no segundo trimestre. Os juros altos no País para combater a inflação sustentaram ganhos maiores frente aos do ano passado, mas também acenderam o alerta para impactos no setor imobiliário, com os bancos americanos reforçando o seu colchão para perdas à frente.

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Juntos, JPMorgan Chase, Bank of America, Wells Fargo, Citigroup, Morgan Stanley e Goldman Sachs registraram lucro líquido de US$ 33,2 bilhões no segundo trimestre deste ano. A cifra representa um incremento de 18,6% frente aos cerca de US$ 28 bilhões vistos no mesmo período de 2022.

Juros impulsionam receitas de bancos nos EUA, mas setor imobiliário preocupa

No geral, os resultados foram mistos. JPMorgan, Wells Fargo e Bank of America conseguiram elevar os lucros e sustentaram o crescimento do período, com os juros altos impulsionando as receitas e compensando a atividade ainda fraca das áreas de bancos de investimento. Na outra ponta, Citi, Goldman e Morgan reportaram queda nos ganhos.

Diante do cenário de juros altos nos EUA – e a expectativa de mais altas à frente -, o setor imobiliário foi outro evento contrário do segundo trimestre. O Goldman Sachs, por exemplo, revelou baixa contábil de US$ 485 milhões por conta de investimentos no segmento.

Antes dele, o Wells Fargo fez um reforço de provisões da ordem de US$ 949 milhões, antevendo possíveis perdas em empréstimos comerciais imobiliários e cartões de crédito. Já o JPMorgan fez uma provisão de crédito de US$ 1,1 bilhão, sendo parte também dedicada a perdas com imóveis comerciais. (AE)

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