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Bandeira verde na conta de luz está de volta para famílias de baixa renda

Com condições mais favoráveis no setor elétrico, Aneel anunciou a isenção de taxas adicionais para famílias inscritas no programa Tarifa Social

bandeira verde

A bandeira verde não era acionada desde novembro de 2020 | Foto: Getty Images

As famílias de baixa renda inscritas no programa Tarifa Social não vão pagar taxas adicionais nas contas de luz em dezembro, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A bandeira verde não era acionada desde novembro de 2020. No ano passado, o órgão isentou todos consumidores da cobrança por alguns meses, por conta dos efeitos da pandemia da covid-10.

“Com a bandeira verde, que indica condições favoráveis de geração de energia, não há acréscimos na tarifa”, explicou à agência reguladora em nota.

Para os demais consumidores do Sistema Integrado Nacional (SIN) segue em vigor a bandeira de escassez hídrica, com cobrança de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Com bandeira verde, famílias ficam isentas da tarifa extra de escassez hídrica

O novo patamar da bandeira tarifária foi criado pelo governo por conta da grave escassez nos principais reservatórios do País. O objetivo da faixa é bancar o acionamento de usinas térmicas, que geram uma energia muito mais cara, e as demais medidas adotadas para garantir o fornecimento de energia. Os recursos, no entanto, não serão suficientes.

As famílias atendidas pelo Tarifa Social são isentas de pagar a bandeira de escassez hídrica. Esses consumidores seguem com descontos previstos pelo programa. Os porcentuais são estabelecidos por faixas de consumo.

“Isso significa que as famílias de baixa renda, inscritas no programa de Tarifa Social, pagam as bandeiras com os mesmos descontos que já possuem nas tarifas, de 10% a 65%, dependendo da faixa de consumo”, informou a Aneel em nota.

Sistema de bandeiras

O sistema de bandeiras foi criado em 2015 pela agência reguladora. Além de possibilitar ao consumidor saber o custo real da geração de energia, e adaptar o consumo, o sistema atenua os efeitos no orçamento das distribuidoras.

Anteriormente, o custo da energia era repassado às tarifas uma vez por ano, no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. Agora, os recursos são cobrados e repassados às distribuidoras mensalmente.

Na prática, as cores e modalidades – verde, amarela ou vermelha – indicam se haverá ou não cobrança extra nas contas de luz. A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, indica condições mais favoráveis para geração de energia.

O acionamento das bandeiras amarela e vermelha representa um aumento no custo da produção e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao volume dos reservatórios e das chuvas. (AE)

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