BB, BTG Pactual e Itaú despontam entre as ações preferidas no setor bancário
Safra revisa para baixo os preços das ações dos bancos após os balanços do trimestre, mantendo visão positiva para os resultados do setor em 2022
27/05/2022O Banco Safra revisou para baixo as estimativas para a cobertura dos bancos, incorporando resultados recentes e atualizando as estimativas projeções macroeconômicas, incluindo um ligeiro aumento nas premissas de taxas de desconto em cerca de 50-100 pontos-base (o que levou a cortar os preços-alvos em geral).
Ainda assim, o Safra mantém uma visão positiva para o setor, que deve apresentar um bom crescimento dos resultados em 2022, com volume de crédito de dois dígitos e sólida evolução da margem financeira, enquanto o índice de cobertura (para enfrentar eventual deterioração na qualidade do crédito) ainda em níveis confortáveis.
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Entre as preferências do Safra estão as ações do Banco do Brasil, BTG Pactual e Itaú Unibanco. Confira abaixo as considerações do Safra para as principais ações do setor financeiro.
Confira as melhores ações entre os principais bancos
Os detalhes e análises de ações podem ser conferidas na Central de Conteúdo do Banco Safra.
Revisão das projeções para a ação do Itaú
O Safra ajustou o preço-alvo do Itaú Unibanco (ITUB4) de R$ 34,50 para R$ 32, mantendo o rating de compra. Para o /safra, o Itaú Unibanco continua sendo uma boa alternativa para enfrentar a atual volatilidade do mercado em função da qualidade de seu resultado.
O Safra acredita que o Itaú está bem posicionado para reportar um crescimento de lucro de dois dígitos em 2022 (15%A/A), com ROAE de 20,3%.
Confira a análise completa para ITUB4 AQUI
Revisão das projeções para Itaúsa
O Safra ajustou as expectativas para a Itaúsa (ITSA4), com base na revisão da avaliação do Itaú. O preço-alvo de Itaúsa foi rebaixado de R$ 15 para R$ 12,50, refletindo a redução do potencial em Itaú (ainda o ativo mais importante da Itaúsa), bem como a redução do valor de mercado de alguns ativos listados na Itaúsa, como Dexco, Alpargatas e XP.
O Safra destaca que Itaúsa parece ter muito sucesso em sua estratégia de diversificação, pois a empresa parece conseguir encontrar bons projetos com retornos atrativos como fez com a rede de gasodutos NTS.
Nos últimos anos, a Itaúsa investiu na Aegea (empresa de saneamento de água) e na Copagaz (GLP, empresa de distribuição de gás liquefeito). O Safra ainda espera que a Itaúsa continue buscando oportunidades de investimento de empresas com forte geração de caixa livre, forte branding e liderança em seus negócios, previsibilidade de resultados e parceiros com experiência em governança corporativa.
Confira a análise completa para ITSA4 AQUI
Revisão das projeções para o Bradesco
O Safra avalia que o Bradesco (BBDC4) também irá enfrentar pressão em sua receita líquida (NII) com a linha de mercado, embora tenha previsão de um bom desempenho em seus resultados de seguros e operações de crédito, levando o banco a apresentar um aumento em seu resultado (de 9% A/A).
Assim, o Safra mantém o rating de compra para o Bradesco, mas revisou o preço-alvo de R$ 27,30 para R$ 26.
Confira a análise completa para BBDC4 AQUI
Safra rebaixa projeções para o Santander
O Safra rebaixou a recomendação do Santander Brasil (SANB11) para neutro de compra, com preço-alvo de R$ 43 por ação. O preço-alvo anterior era de R$ 46,50 por ação.
Apesar do bom upside do banco, o Santander acredita que as ações devem enfrentar uma falta de gatilho de curto prazo, considerando que o crescimento de seu lucro líquido deve ficar abaixo de seus pares. Para o Safra, a alta das taxas de juros pode continuar pressionando a receita líquida de juros (NII) com os resultados do mercado.
Mas o Safra ressalta que o Santander mantém sua estratégia de aumentar o engajamento de sua base de clientes, por meio da venda cruzada de produtos para aumentar sua rentabilidade. O movimento deve continuar sendo um impulsionador do crescimento das receitas de serviços e da sustentação de níveis robustos de rentabilidade.
Confira a análise completa de SANB11 AQUI
Revisão do preço alvo para a ação do Banco do Brasil
O Banco Safra reitera a recomendação de compra para o Banco do Brasil (BBAS3), mas revisou o preço-alvo de R$ 50 para R$ 49, após incorporar bons resultados para o primeiro trimestre.
O Safra revisou para cima a expectativa de lucro para o Banco do Brasil em cerca de 9% (para R$ 26,1 bilhões), mais próximo do topo de seu guidance (e 24%A/A).
Na visão do Safra, o Banco do Brasil apresenta uma carteira de crédito defensiva sustentada por sua alta exposição ao segmento rural (que historicamente apresenta baixa inadimplência), bom mix de clientes (funcionários públicos com relacionamento de longo prazo com o banco) que pode mitigar a volatilidade em termos de resultados se a economia se deteriorar.
Confira a análise completa para BBAS3 AQUI
Revisão das projeções para o BTG Pactual
O Safra projeta que o BTG Pactual (BPAC11) deve continuar apresentando ótimos resultados ao longo de 2022, após um excelente resultado no primeiro trimestre, quando o banco apresentou crescimento de receita na maioria de suas unidades de negócios, compensando a fraqueza em sua divisão de Investment Banking.
O Safra aumentou as estimativas de lucro líquido para BPAC em cerca de 16% para 2022, um aumento de 24% A/A. Para o Safra, o BTG mostrou que seus resultados são ainda mais resilientes do que o esperado por conta de sua diversificação, que mais do que compensou os ventos contrários para o mercado acionário brasileiro.
Confira a análie completa para BPAC4 AQUI
Revisão da projeção para o Banco Pan
O Safra reduziu o preço-alvo do Banco Pan de R$ 14 para R$ 16,50, seguindo o aumento das premissas de taxa de desconto e resultados fracos reportados no primeiro trimestre.
O Safra reduziu a expectativa de lucro líquido para 2022 em aproximadamente 6%, após incorporar resultados recentes, quando o banco controlado pelo BTG reportou um aumento na inadimplência e no custo do risco refletindo a deterioração do cenário macroeconômico.
Confiraa análise completa de BPAN4 AQUI
Revisão das projeções para o Banrisul
O Safra reduziu o preço-alvo do Banrisul de R$ 20 para R$ 17, seguindo o aumento das premissas de taxa de desconto e resultados fracos reportados no primeiro trimestre. Apesar do forte potencial de valorização, o Safra acredita que a ação não parece ter um gatilho de curto prazo.
No primeiro trimestre o Banrisul apresentou desempenho mais fraco quando comparado aos demais bancos de nossa cobertura, impactado principalmente pela menor margem financeira, refletindo o impacto do aumento da taxa Selic nos custos de captação. Para o Safra, esse fator deve continuar afetando os resultados do banco no curto prazo.
Por outro lado, o Banrisul apresenta perspectivas favoráveis para o crescimento do volume de crédito, enquanto a inadimplência se mantém em níveis bastante saudáveis.
Confira a análi completa para BRSR6 AQUI