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BC eleva projeção para expansão de crédito

A previsão para alta do saldo total de crédito neste ano subiu de 11,5% para 15,6%. A estimativa para 2021 mudou de 7,3% para 7,8% de aumento

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Para 2021, o cenário de referência indica que o IPCA ficará em 3,4% / Foto: Getty Images

A pandemia do novo coronavírus, que traz impactos profundos para a economia brasileira, levou o Banco Central a ajustar para cima as projeções para o mercado de crédito em 2020.

No relatório trimestral de inflação divulgado nesta quinta-feira, 17 de dezembro, a  projeção do Banco Central para o saldo total de crédito neste ano foi revista de uma alta de 11,5% para 15,6%.

Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de crescimento de 7,8% para 10,4%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 16,5% para 22,6%.

Já a projeção para o saldo de crédito livre – que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES – passou de elevação de 12,5% para 15,8%.

Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 6,5% para expansão de 10%. No caso das pessoas jurídicas, passou de elevação de 20% para avanço de 23,0%.

A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, passou de alta de 10,1% para 15,2%.

Dentro do crédito direcionado, a projeção de aumento do saldo para as pessoas físicas foi de  9,5% para 11%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou de 11% de crescimento para 22%.

O Banco Central também promoveu ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2021.

Para o saldo total de crédito a alta projetada foi de 7,3% para 7,8%. Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 9% para 10,6%. No caso das empresas, a expectativa caiu de aumento de 5,1% para 4,2%.

Já a projeção para o saldo de crédito livre mudou de expansão de 9% para 11,1%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de 10% de expansão para 12%. No caso das pessoas jurídicas, a previsão subiu de 8% para 10% de aumento do crédito.

A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado foi reduzida de elevação de 4,7% para 3,3%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi de alta de 7,7% para avanço de 9%. No caso das pessoas jurídicas, a previsão foi de zero para recuo de 5,3%.

Relatório de inflação

O Banco Central manteve sua estimativa de inflação para 2020 no cenário de referência, que utiliza juros conforme o relatório de mercado Focus e câmbio atualizado de acordo com a paridade do poder de compra (PPC).

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, o cenário indica um IPCA de 4,3% neste ano. O porcentual é o mesmo que constou na ata e no comunicado do último encontro do Comitê de Política Monetária.

Para 2021, o cenário de referência indica que o IPCA ficará em 3,4%, também igual à ata e ao comunicado. A projeção para o IPCA de 2022, pelo cenário de referência, também está em 3,4%. Para 2023, a estimativa está em 3,3%.

Para 2020, a meta de inflação perseguida pelo BC é de 4%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,5% a 5,5%). Para 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 (taxa de 2,25% a 5,25%). Para 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5 (taxa de 2% a 5%). Para 2023, a meta é de 3,25%, com margem de 1,5 (taxa de 1,75 a 4,75%).

A previsão do BC para o IPCA de dezembro é de +1,09%. Já a projeção para janeiro é de +0,27% e, para fevereiro, de +0,36%. Com isso, a estimativa para a inflação em 12 meses até fevereiro é de 4,43%.

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