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Biden, Obama e Clinton participam de ato pelas vítimas do 11 de setembro

Homenagens às vítimas dos atentados terroristas do dia 11 de setembro de 2001 reuniram os casais Biden, Clinton e Obama

11 de setembro

Os casais Biden, Clinton e Obama estiveram juntos nas homenagens | Foto: Divulgação

Cerimônias marcaram neste sábado, 11, nos Estados Unidos, os 20 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001. O presidente Joe Biden esteve no Marco Zero de Manhattan, onde ficavam as Torres Gêmeas, onde se encontrou com os antecessores Barack Obama e Bill Clinton.

Biden também prestou homenagens a vítimas na Pensilvânia, onde caiu um dos aviões sequestrados pelos terroristas da Al-Qaeda. Outras cerimônias em memória das vítimas ocorreram em Arlington, na Virgínia, não muito longe de Washington, onde o Pentágono foi atacado.

Vinte anos depois do maior ataque terrorista em solo americano, a emoção segue intensa no país que ficou em estado de choque.

Na manhã daquela terça-feira, 19 terroristas, a maioria sauditas, membros da organização Al-Qaeda, sequestraram quatro aviões comerciais e lançaram as aeronaves contra as Torres Gêmeas de Nova York, o Pentágono (nas proximidades de Washington).

O quarto avião, que supostamente teria o Congresso como alvo, caiu em um campo na Pensilvânia após a intervenção de seus passageiros.

Biden, Obama e Clinton juntos nos 20 anos dos atentados

Biden chegou ao lado da mulher e acompanhado dos ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton para a cerimônia do Marco Zero. O casal presidencial segiu pouco depois para a Pensilvânia e deve ir ao Pentágono, onde também prestarão homenagens às vítimas.

O Marco Zero de Manhattan, onde ficavam as Torres Gêmeas, se tornou um local de peregrinação e homenagem aos mortos. Os dois edifícios foram substituídos por um monumento, uma imensa fonte com formato de piscina cujas paredes funcionam como cascatas e têm os nomes gravados das 2.753 vítimas de Nova York.

A homenagem em Nova York começou com a chegada da bandeira americana, como foi feito em outros anos. Pessoas seguravam cartazes com a fotografia de algumas das vítimas do ataque ao World Trade Center. Um minuto de silêncio foi feito às 9h46 (horário de Brasília, 8h46 em Nova York), marcando o momento do impacto do primeiro avião contra a Torre Norte do complexo.

Em seguida, como ocorre todo ano, começou a leitura dos nomes das 2.977 pessoas que morreram nos ataques. Às 10h03 (9h03 em Nova York), outro minuto de silêncio foi feito para marcar o momento em que o segundo avião atingiu a Torre Sul do complexo. Em seguida, Bruce Springsteen, cantou uma música em homenagem às vítimas.

De um lado, no museu memorial do 11/9 estão expostos um pedaço da escada por onde alguns sobreviventes conseguiram escapar, pedaços do muro dos edifícios transformados em uma massa de escombros, vigas de aço retorcidas pelo calor do fogo provocado pelo impacto dos aviões carregados de combustível, fotografias das vítimas e a reconstituição com imagens do que foi aquele dia que deixou mais de dois bilhões de pessoas no mundo grudadas diante das TVs, rádios ou telas de computadores.

Em Arlington, onde fica o Pentágono, às 10h37 (9h37, pelo horário local) mais um minuto de silêncio foi feito. Há vinte anos, neste horário, o terceiro avião se chocava, desta vez contra a sede do Departamento de Defesa americano.

Valores de liberdade e igualdades são destacados em cerimônia

O chefe do Estado Maior Conjunto dos EUA, Mark Milley, fez um discurso em Arlington ressaltando os valores americanos de liberdade e igualdade e como eles são alvos de terroristas. “O 11 de setembro tentou nos destruir, mas nos unimos novamente em esperança…choramos pelos que caíram e celebramos a vida deles…desde aquele dia, há 20 anos, homens e mulheres das Forças Armadas lutam para combater o terrorismo”, afirmou.

Milley lembrou a retirada das tropas americanas do Afeganistão e citou os 13 militares americanos mortos em meio à retirada acelerada de Cabul, quando operações eram realizadas no aeroporto. Por volta de 10h45 (9h45 em Nova York), a comitiva do presidente Biden deixou o Marco Zero e foi para a Pensilvânia.

O ex-presidente George W. Bush – quem declarou a Guerra ao Terror após os ataques de 11 de setembro – foi para a Pensilvânia e fez um discurso. “Há 20 anos, todos descobrimos de diferentes formas que nossas vidas tinham mudado para sempre”, disse o ex-presidente no começo de sua fala. “Hoje, compartilhamos essas perdas e honramos esses homens e mulheres (que morreram nos ataques)”.

Bush lembrou dos bombeiros e policiais que ajudaram nos trabalhos de resgate após os ataques e os passageiros do voo 93, que conseguiram intervir na ação terrorista e evitar que o avião atingisse mais um alvo, se referindo justamente ao voo que caiu na Pensilvânia.

“Depois do 11 de setembro, milhares de americanos se alistaram para servir nas Forças Armadas e devemos honra a todos que lutaram pela nossa nação”, disse o ex-presidente ao citar a retirada americana do Afeganistão.

Kamala destaca heroísmo de passageiros

Após Bush, Kamala fez um discurso de homenagem às vítimas e citou o “heroísmo” dos passageiros do voo 93.

“Fomos lembrados que a unidade é possível nos EUA. É essencial para nossa Segurança Nacional e para nossa posição diante do mundo. E com unidade não quero dizer uniformidade…ao mesmo tempo, vimos depois do 11 de setembro como o medo pode ser usado para dividir nossa nação. Vimos como muçulmanos se tornaram alvos pela sua aparência”, disse a vice-presidente dos EUA.

Biden chegou à Pensilvânia acompanhado da mulher e depositou coroas de flores em homenagem às vítimas do voo 93.

No marco zero de Manhattan, nas comemorações dos 20 anos dos atentados, estiveram o presidente Joe Biden, a primeira-dama, Jill Biden, e os casais Barack e Michelle Obama e Bill e Hillary Clinton.

O local ficou conhecido como o complexo do novo World Trade Center, onde estão as duas grandes fontes com placas de metal onde os nomes das vítimas estão gravados.

Às 8h46 da manhã, horário em que o avião bateu na primeira torre do World Trade Center em 2001, os presentes fizeram um minuto de silêncio.

O ato se repetiu outras cinco vezes, para marcar o choque do segundo avião, o ataque ao Pentágono, a queda do avião na região de Shanksville, na Pensilvânia, e a queda das duas torres em Nova York.

Homenagens às vítimas

No meio tempo, duplas de familiares leram nomes das vítimas do atentado que mudou a história recente americana. Pela cidade, militares nas estações de metrô indicavam que 20 anos depois a data desperta medo e vigilância.

O ex-presidente Donald Trump preferiu uma visita aos prédios da polícia e dos bombeiros nova-iorquinos, no meio da tarde, quando Biden já tinha saído da cidade. Trump atacou seu sucessor pela estratégia de retirada de tropas do Afeganistão.

“Este é um dia muito triste”, disse o ex-presidente, acrescentando que o 11 de Setembro “representa uma grande dor para o (seu) país”. “É também um momento triste pela forma como a nossa guerra contra aqueles que causaram tantos danos ao nosso país terminou na semana passada”, continuou.

Na Pensilvânia, a divisão da sociedade americana foi lembrada pela vice-presidente, Kamala Harris e pelo ex-presidente republicano George W. Bush.

Kamala exaltou a união após os atentados, mas lembrou que o medo foi responsável por dividir ainda mais os americanos. “Fomos lembrados de que a unidade é possível nos EUA. É essencial para nossa Segurança Nacional e para nossa posição diante do mundo. E com unidade não quero dizer uniformidade. Ao mesmo tempo, vimos depois do 11 de Setembro como o medo pode ser usado para dividir nossa nação. Vimos como muçulmanos se tornaram alvos pela sua aparência”, disse a vice.

Bush afirmou que “nas semanas e meses que se seguiram aos ataques” sentiu “orgulho de liderar pessoas resilientes e unidas”. “Quando se trata de unidade nos EUA, aqueles dias parecem distantes”, afirmou o republicano. “Para mim, essa é a lição central do 11 de Setembro: união é nossa maior força”, disse Biden, também na Pensilvânia.

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