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Bilionário cobra planos de emissões de empresas

Christopher Hohn, dono de um fundo de hedge, pressiona Google e outras gigantes por planejamento de redução de emissões

Bilionário dono de fundo de hedge Christopher Hohn quer que empresas mostrem plano de redução de emissões

Hohn espera que ao menos 100 companhias do índice S&P 500 adotem a ideia até 2022. Moody’s já aderiu | Foto: The Children’s Investment Fund

O bilionário britânico Christopher Hohn começou a pressionar grandes empresas ao redor do mundo para que apresentem planos concretos de redução de emissões de carbono e os coloquem para votação nos conselhos de administração.

A iniciativa encabeçada por Hohn, que é um renomado gerente de fundos de hedge, mira principalmente gigantes dos Estados Unidos que estão listadas no índice S&P 500. A ação foi noticiada pelo Wall Street Journal.

A motivação de Hohn vem da frustração que ele sente por julgar que as grandes companhias têm demonstrado pouco empenho em reduzir emissões.

O movimento do bilionário tem o objetivo de fazer com que as empresas divulguem seus planos de redução de emissões até 2022.

S&P 500 na mira

Segundo a reportagem, Hohn está trabalhando com investidores e organizações sem fins lucrativos para fazer com que ao menos 100 empresas do S&P 500 adotem a atitude.

Caso as companhias não demonstrem boa vontade em ao menos apreciar a matéria sobre redução de emissões nas reuniões de conselho, as mesmas serão pressionadas por meio de procurações nos encontros.

“Haverá resistência de algumas empresas, mas estou disposto a colocar a matéria em votação”, disse Hohn ao jornal.

O fundo de hedge liderado por Hohn, o TCI Fund Management, se tornou um dos mais lucrativos do mundo graças ao ativismo do britânico com questões ESG (sustentabilidade ambiental, social e de governança).

No entanto, para gerar resultados efetivos o bilionário terá que conseguir o apoio de outros gestores de destaque do mercado financeiro mundial.

Na lista de angariação de apoios estão gestoras como a BlackRock Inc., State Street Corp. e Vanguard Group.

Planos de emissões: resultados

Christopher Hohn é conhecido no mercado financeiro por brigar – literalmente – por grandes retornos aos seus fundos.

O Wall Street Journal lembra que ele já teve litígios com empresas como ABN Amro Bank, London Stock Exchange Group e Wirecard AG.

Porém, ele também é conhecido por seu trabalho como filantropo. Sua fundação, a Children’s Investment Fund, tem trabalhado nos últimos anos para apoiar iniciativas pró-meio ambiente.

A primeira empresa a adotar – ainda que não de forma espontânea – a política de Hohn foi a Moody’s. O fundo de Hohn tem participação de 3,5% na agência de classificação de risco.

Por meio de uma carta, o britânico demonstrou insatisfação com resultados sobre sustentabilidade apresentados pela Moody’s. Em dezembro do ano passado, a agência anunciou alinhamento à Hohn.

Até o momento, a iniciativa de chegou à mesa, por exemplo, dos controladores do Google, a Alphabet.

Outras companhias estadunidenses como a Union Pacific (operadora de trens), a Monster Beverage (fabricante de energéticos) e a Booking Holdings (turismo) também já receberam resoluções de acionistas alinhados à Hohn.

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