Tecnologia mudará opinião sobre envelhecimento
CEO da Genera, Ricardo di Lazzaro, foi o convidado do segundo dia do “Future 10: Biotecnologia & Saúde”, evento online do Banco Safra
26/03/2021O segundo dia do evento online “Future 10: Biotecnologia & Saúde”, promovido pelo, Banco Safra recebeu Ricardo di Lazzaro Filho, cofundador e CEO do laboratório Genera, para falar sobre avanços na medicina personalizada.
A entrevista desta quinta-feira, 25, foi conduzida pelo especialista do Safra, Jorge Sá, e transmitida ao vivo para inscritos no evento.
O “Future 10: Biotecnologia & Saúde” trouxe ao debate temas que relacionam a tecnologia à área biológica. No primeiro dia, a conversa foi sobre a descoberta e tratamento de doenças raras com o CEO da Mendelics.
Na entrevista desta quinta, di Lazzaro explicou como os exames de leitura de DNA realizados pela Genera, como os de ancestralidade, ajudam as pessoas ampliar sua expectativa e qualidade de vida.
Segundo ele, isso só é possível porque o paciente passa a se conhecer melhor. “No nosso teste são centenas de outros relatórios. Você pode se conhecer melhor e partir disso mudar seus hábitos. Se você tem pré-disposição á obesidade e pré-disposição a calvície, por exemplo”.
“A gente vai ter envelhecimento muito mais saudável e que talvez mude a maneira como a gente pensa o que é envelhecer”, disse di Lazzaro.
Biotecnologia acessível
E assim como observado em outros setor da atividade econômica, a tecnologia ajudou a diminuir os custos da exames de saúde personalizados. Na Genera, por exemplo, os valores partem de R$ 199.
“Hoje, a leitura do DNA é feita por luz. Pega aquele monte de DNA extraído da saliva ou do sangue, coloca num chip e faz uma leitura com fluorescência. Isso é quase que uma foto”, explica.
“As pessoas acham que tudo isso está no futuro. Mas o exame de R$ 200 que você faz já tem tudo isso”.
“4 Ps” da medicina
Uma das missões da Genera, que usa biotecnologia em seus processos, é justamente contribuir com os “4 Ps” da medicina, citados por di Lazzaro: a preditiva, preventiva, personalizada e participativa.
Na medicina preditiva, ainda em desenvolvimento, os pacientes conseguem enxergar alguma tendência de desenvolvimento de alguma patologia no futuro. Em seguida, entra a prevenção, atuando sobre as possibilidades mapeadas.
Por fim, vem o trabalho de personalização, que torna as duas etapas mais bem desenhadas para a necessidade de cada pessoa, além de tratamentos, caso estes sejam necessários.
Para di Lazzaro, no futuro as gerações devem nascer com seu DNA totalmente mapeado e com a trilha de saúde bem definida.
“Uma vez que você nasceu, já vai ter seus exames pré-agendados. Hoje em dia, as socidades médicas dizem que em determinada idade você faz colonoscopia”.
“Você também vai poder ter, desde o começo, uma lista de medicamentos que não pode tomar por risco de alergia ou de intolerância”, disse di Lazzaro.