Queda de juros nos EUA e crescimento da China favorecem a Bolsa

Com resultados empresariais robustos e uma Bolsa ainda atrativa, gestores da área de investimentos apostam em uma oportunidade significativa para retornos positivo na Bolsa brasileira, desde que os investidores estejam dispostos a fazer um estudo aprofundado, diversificar bem suas carteiras e confiar na gestão ativa para capturar as melhores oportunidades de investimento.

Este foi um dos destaques do painel sobre o mercado de ações na J. Safra Brazil Conference nesta terça-feira, 24, no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Participaram do debate Alexandre Salfatis (Gestor de ações, Safra Asset), André Lion (CIO, Ibiuna) e Octavio Magalhães (CIO, Guepardo Investimentos).

A sessão, com moderação de Tiago Valent (Head de Sales, Corretora Banco J. Safra), enfatizou que a estabilização das taxas de juros nos Estados Unidos e a recuperação do crescimento econômico na China figuram entre os fatores globais que mais devem impactar o cenário brasileiro nos próximos meses.

Na visão dos especialistas, a Bolsa brasileira, mesmo enfrentando desafios macroeconômicos e ruídos políticos, é vista como uma aposta atrativa devido ao seu risco-retorno favorável.

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Segundo Alexandre Salfatis, Gestor de ações da Safra Asset, a resiliência das empresas brasileiras, excetuando aquelas do setor de commodities que permanecem altamente voláteis e dependentes do cenário global, é um ponto de destaque.

“As empresas brasileiras têm entregado resultados bastante interessantes nos últimos anos. Este ano, especificamente, estão crescendo mais de 30%, e ano que vem, em torno de 10%. Então, é possível ficar animado”, comentou.

J. Safra Brasil Conference destaca investimentos na Bolsa brasileira

Embora reconheçam o desafio de competir com produtos de crédito, produtos isentos e outros, os gestores enfatizam a importância da alocação na bolsa nas carteiras dos clientes. “Hoje na Bolsa existem boas empresas com valuation bastante atrativos”, destacou André Lion, CIO da Ibiuna.

Para evitar as armadilhas do mercado, Octavio Magalhães, da Guepardo Investimentos, destacou sua abordagem que ele define como criteriosa:  “Nosso processo qualitativo vem antes do quantitativo. Por isso, investimos apenas em 70 empresas que passaram por uma rigorosa avaliação de gestão, alocação de capital e setores, entre outros critérios. Eliminamos aquelas que não atendem nossos filtros, como falta de barreiras de entrada. Não olhamos para o momento ou para o desempenho trimestral, buscamos fugir do ruído do mercado financeiro e nos ater aos dados do fluxo de caixa das empresas”.