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Bolsa brasileira deve subir aos 165 mil pontos em 2025

Relatório do Banco Safra prevê que o mercado de ações pode se beneficiar do corte de juros nos EUA, crescimento da China e corte de gastos do governo brasileiro

Bolsa brasileira em 2025 safra

O Safra espera que as menores pressões inflacionárias em 2025 façam com que o valuation ainda atrativo de várias empresas volte ao radar dos investidores | Foto: Getty Images

O Banco Safra divulgou nova projeção para o resultado da Bolsa de Valores em 2025. Segundo o Safra, a B3 deve chegar a 165 mil ponto. atualmente a Bolsa brasileira está próxima dos 130 mil pontos.

Conforme os últimos relatórios do Safra, apesar da melhora no cenário internacional e de uma boa performance da atividade doméstica, as preocupações com a situação fiscal brasileira e os possíveis impactos das eleições norte-americanas para os países emergentes têm dominado a agenda e gerado maior cautela dos investidores.

Apesar desta visão negativa do mercado, o bom desempenho da atividade doméstica segue impulsionando os resultados das empresas (como mencionado na análise trimestral de resultados).

Saiba mais

Desde o início de 2024, as revisões de estimativas de consenso de mercado Bloomberg para o lucro por ação (LPA) do
Ibovespa de 2025 e 2026 foram positivas em 5,3% e 4,9%, respectivamente.

Mesmo com resultados melhores, o preço dos ativos não refletiu esse cenário – o Ibovespa é negociado a um atrativo múltiplo P/L 2026e de 6,8x, bem abaixo do histórico, segundo os especialistas do Banco Safra.

Realidade pode corrigir os rumos da Bolsa

Apesar das preocupações com as pressões inflacionárias, o time de macroeconomia do Banco Safra estima que o Banco Central irá elevar os juros até 11,5% no fim de 2024, o que, combinado com o menor impulso fiscal, deve desacelerar a atividade nos próximos meses.

Além disso, o bom saldo da balança comercial brasileira (que reduz a pressão cambial) e a melhora das condições climáticas devem aliviar as pressões sobre a inflação, abrindo espaço para juros menores já a partir de meados de 2025.

Uma vez que esse cenário se consolide, o Banco Safra vê espaço para alívio no mercado de ações.

Perspectivas do mercado de ações para 2025

Diante do novo cenário macroeconômico, o Banco Safra apresentou o preço-alvo para o Ibovespa de 165 mil pontos em 2025, utilizando a análise top-down e considerando um múltiplo preço/lucro-alvo de 8,6x e um LPA de 19.110 pontos para 2026e.

Após uma performance positiva de lucros em 2024, o Safra espera desaceleração do crescimento em 2025, que o mercado já aparentemente precificou nos múltiplos atuais, seguida de aceleração de 11,5% para 19.110 pontos em 2026.

Tudo mais constante, o Safra espera que as menores pressões inflacionárias já em 2025 façam com que o valuation ainda
atrativo de várias empresas (histórias com dinâmicas positivas e crescimento) volte ao radar dos investidores.

Potenciais catalisadores para o Ibovespa

Embora o sentimento seja de cautela, o Banco Safra acredita que o mercado de ações poderia se beneficiar dos seguintes fatores:

  • i) continuidade do corte de juros nos EUA favorecendo a liquidez para os mercados emergentes;
  • ii) potenciais novos estímulos à economia na China dando suporte aos preços das commodities;
  • iii) safra de resultados corporativos do 3T24/4T24 mantendo a tendência positiva;
  • iv) possibilidade de maior controle de gastos pelo governo brasileiro passadas as eleições municipais; e
  • v) posicionamento leve dos investidores no mercado.

Como se posicionar para a alta da B3 em 2025

Para o curto prazo, caso o cenário de aversão ao risco continue, o Safra acredita que as escolhas da Carteira Top 10 Ações de Novembro tem a proteção adequada (Suzano, Petrobras, Prio, Vale, BB Seguridade, Itaúsa, Eletrobras, Rumo,
Grupo Mateus e Cyrela).

Considerando um cenário mais benigno em 2025, as apostas do Safra para o médio prazo são:

  • i) Alimentos (JBS);
  • ii) Construtoras de baixa renda (Direcional);
  • iii) Shoppings (Iguatemi);
  • iv) Utilidades Básicas – Distribuição (Equatorial);
  • v) Seguradoras e Bancos (Porto e Itaú); e
  • vi) Indústria (Marcopolo).

Riscos:

  • (i) desaceleração mais forte da economia global;
  • (ii) deterioração fiscal adicional no Brasil;
  • (iii) taxa de crescimento econômico mais baixa no país;
  • (iv) piora do ambiente político;
  • (v) maior austeridade da política monetária nos EUA, influenciando o diferencial de juros;
  • (vi) mudanças tributárias com impacto negativo para as empresas; e
  • (vii) acirramento dos conflitos geopolíticos.

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