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Barganha em NY: gigantes de tecnologia estão baratas?

Com forte recuo no ano, ações de Facebook, Netflix, Amazon e PayPal entram no radar das estratégias de valor

Perspectiva de baixo para cima de prédio da Nasdaq, onde gigantes de tecnologia têm ações em seu índice

Apertos monetários dos bancos centrais pelo mundo encerrou o conto de fadas da valorização de ações para muitas empresas de tecnologia | Foto: Getty Images

Elas estiveram entre as maiores valorizações após o início da pandemia de covid-19. Com estímulos monetários extraordinários, somados à paralisação de serviços tradicionais, grandes nomes de tecnologia chegaram a acumular valorizações de três dígitos em relação a março de 2020.

No entanto, a mudança de postura dos bancos centrais encerrou o conto de fadas para muitas companhias do setor, que é particularmente afetado pelos aumentos das taxas de juros.

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O caso da Netflix é emblemático. As ações da empresa de streaming estão sendo negociadas cerca de 70% abaixo do seu preço ao final do ano passado.

Além do cenário macroeconômico mais complicado, a deterioração das expectativas acerca da empresa explica o tombo. A companhia de streaming reportou este ano a sua primeira perda de assinantes em mais de uma década.

Também chama atenção a Meta. Os papéis da dona de Facebook, Instagram e WhatsApp recuam em torno de 50% no ano, na medida em que o mercado se mostra cético com a capacidade da companhia para rentabilizar suas atividades.

Até mesmo a gigante do e-commerce Amazon, de Jeff Bezos, amarga queda de 35% no ano. Outro exemplo é a empresa de pagamentos digitais PayPal, que despenca 60% no mesmo período.

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Pechinchas de tecnologia?

Tradicionalmente, as empresas do setor de tecnologia atraem investidores que privilegiam as chamadas estratégias de crescimento.

Porém, com a forte queda em 2022, essas ações passaram a despertar o interesse dos investidores de valor.

A mudança é tamanha que Meta, Netflix e PayPal passaram a integrar o Russell 1000 Value, índice americano que busca aumentar a exposição a empresas consideradas mais descontadas em relação a seus pares.

De modo simplificado, as estratégias de valor procuram as barganhas das bolsas, as companhias que estejam sendo avaliadas abaixo das suas qualidades.

Elas tendem a exibir números mais baixos em múltiplos como o preço de mercado dividido pelo valor patrimonial.

Frequentemente, essa classificação costuma conter muitas empresas dos setores de saúde, energia e financeiro.

Já nas estratégias de crescimento, o foco dos investidores está em uma expansão de resultados acima da média no futuro.

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