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Bolsa sofre com pessimismo no exterior e Copom mais austero esta semana

Ibovespa teve movimento de realização, após o comunicado do Copom, e fechou em leve alta de 0.18%, aos 118.977 pontos esta semana

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Bolsa foi afetada, ainda, por dados econômicos do exterior que vieram abaixo do esperado pelo mercado | Foto: Getty Images

Em semana marcada pela decisão de manter os juros no Brasil, o Ibovespa fechou em quase estabilidade. A Bolsa subiu moderadamente 0,18%, aos 118.977 pontos.

O mercado esperava por alguma indicação no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação a uma possível queda de juros em agosto, o que não aconteceu. Isso fez o Ibovespa entrar em um movimento de correção e perder os 120 mil pontos conquistados nas primeiras sessões da semana.

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“Com isso, podemos esperar por um possível início de queda de juros a partir de setembro. O comunicado veio mais duro que o esperado e colabora para as quedas de empresas dos setores de varejo e construção, que são fortemente impactados pelos juros altos”, ressaltou Fabio Louzada, da Eu me banco. 

Segundo o comunicado do Copom, a conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia.

“O Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas e avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, informou o comunicado. 

Além disso, dados econômicos do exterior que vieram abaixo das expectativas do mercado também influenciaram o Ibovespa nesta semana. Nesta sexta-feira, na zona do euro, foi divulgado o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, que engloba os setores industrial e de serviços. O indicador caiu de 52,8 em maio para 50,3 em junho, atingindo o menor nível em cinco meses, segundo dados preliminares da S&P Global.

O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de leve declínio do PMI composto neste mês, a 52,5.

Apenas o PMI de serviços da zona do euro recuou de 55,1 para 52,4 no mesmo período. O consenso era de queda menor, a 54,5. Já o PMI industrial do bloco diminuiu de 44,8 em maio para 43,6 em junho, atingindo o menor patamar em 37 meses. Neste caso, a previsão era de ligeira baixa a 44,5.

Entre os piores desempenhos da semana, o destaque foi CVC que perdeu 15,78%, Embraer, 14,01%, Vale, 5,41%, Alpargatas, 7,71% e Meliuz, 8,70%.

Já a lista das maiores altas, a ação da IRB-Br foi a que mais ganhou, 10,81%. Raízen subiu 10,13%, Lojas Renner, 9,74%, Multiplan, 6,69% e SLC Agrícola, 7,13%.

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