Bolsa volta a cair e fecha penúltimo dia de agosto com queda de 3,61% no mês
Ibovespa fecha em baixa de 0,73%, aos 117,5 mil pontos, com giro financeiro mais uma vez bem fraco, limitado a R$ 16,7 bilhões; dólar fecha em R$ 4,86
30/08/2023O Ibovespa fechou encerrou em baixa de 0,73%, aos 117.535,10 pontos, com giro financeiro mais uma vez bem fraco, hoje limitado a R$ 16,7 bilhões. Na semana, vindo de ganhos nas duas sessões anteriores, o índice sobe 1,47% e, no ano, avança 7,11%. O índice se aproxima do fim de agosto com perda de 3,61% no mês. Nesta quarta-feira, oscilou de 117.470,87, perto do fechamento, até os 118.840,80 pontos, saindo de abertura a 118.404,16.
Neste meio de semana, as ações do setor financeiro – que na terça-feira haviam avançado com a expectativa de que o JCP (distribuição de juros sobre capital próprio) não acabaria, mas teria mudança em relação à tributação – voltaram a pesar sobre o desempenho do Ibovespa, com ações de grandes bancos, como Itaú (PN -1,91%), Bradesco (ON -1,33%, PN -2,13%) e Santander (Unit -1,36% no fechamento), em renovação de mínimas em paralelo, no meio da tarde, ao índice da Bolsa.
Na ponta perdedora da carteira Ibovespa, destaque nesta quarta-feira para Via (-6,99%), IRB (-5,20%) e Alpargatas (-4,96%), com CVC (+17,09%), Dexco (+3,03%) e CSN Mineração (+2,84%) no canto oposto.
Proposta de Orçamento não muda rumo do Ibovespa
Dessa forma, o detalhamento no período da tarde, feito pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, sobre a Proposta de Lei Orçamentária para 2024 foi praticamente um não evento, incapaz de direcionar os ativos na B3 em uma direção ou outra.
Em Nova York, a leitura do PIB americano foi olhada como copo meio cheio, no momento em que o mercado ainda segue atento à orientação da política monetária nos EUA, especialmente quanto ao espaço para aumentos adicionais nos juros de referência. Em Nova York, Dow Jones fechou em alta de 0,11%, S&P 500, de 0,38%, e Nasdaq, de 0,54%.
Dólar avança 0,30% e encerra o dia cotado a R$ 4,86
Após uma manhã de quarta-feira de instabilidade e troca de sinais, o dólar à vista se firmou em alta moderada ao longo da tarde, acompanhando a piora do ambiente doméstico em meio à divulgação do resultado do Governo Central em julho e de fala da ministra do Planejamento, Simone Tebet, sobre o projeto de lei orçamentária do ano que vem. Com máxima a R$ 4,8833 e mínima a R$ 4,8442, a moeda encerrou o dia cotada a R$ 4,8692, avanço de 0,30%.
Operadores notaram também influência de fatores técnicos, com investidores já rolando posições no segmento futuro e se preparando para a disputa amanhã da formação da última ptax de agosto. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para setembro movimentou mais de US$ 13 bilhões. Apesar da alta nesta quarta na contramão do exterior, o dólar à vista apresenta leve queda na semana (-0,13%). Do fechamento a R$ 4,9868 no último dia 15 até esta quarta, a divisa recua 2,35%.
Segundo analistas, o dólar poderia ter avançado mais nesta quarta-feira por aqui não fosse o enfraquecimento da moeda norte-americana lá fora e o recuo das taxas dos Treasuries. Dados do relatório ADP de emprego privado nos EUA em agosto e a segunda leitura do PIB americano no segundo trimestre vieram abaixo do esperado. (AE)