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Bolsas da China fecham 2020 em alta

Xangai acumula ganho de 14% em 2020, e a bolsa de Shenzhen cravou 41,5% de alta no ano da pandemia. Na Europa, os principais índices acionários fecharam em queda

Xangai

As Bolsas chinesas funcionaram nesta quinta-feira, último dia do ano, e subiram mais uma vez, destacando-se no mundo. / Foto: Getty Images

A Bolsa de Xangai funcionou normalmente nesta quinta-feira, 31 de dezembro, e fechou o dia em alta de 1,72%, aos 3,5 mil pontos.

Já a bolsa de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 1,78%, para 2,4 mil pontos.

Entre as razões do desempenho positivo das Bolsas chinesas no encerramento do ano está o anúncio de que a China tem agora mais uma vacina contra a covid-19 aprovada, o fármaco do laboratório estatal Sinopharm, com indicação de 79% de eficácia no combate à doença.

Neste último dia de 2020, Xangai exibiu seu maior ganho diário em 30 dias, com ações ligadas ao consumo puxando os negócios.

A alta acumulada dos negócios na bolsa de Xangai ao longo do ano que se encerra foi de 13,8%, e na de Shenzhen o aumento foi de 41,5%.

A bolsa de Tóquio, que não funcionou hoje, subiu 16% em 2020.

Investidores na China monitoraram dados de atividade. O índice de gerentes de compras da indústria do país recuou de 52,1 em novembro para 51,9 em dezembro, dentro do previsto pelos analistas.

Apesar do recuo, o índice segue acima da marca de 50, nível que mostra expansão da atividade. O índice de serviços recuou de 56,4 em novembro para 55,7 em dezembro, ou seja, também ainda em crescimento.

Em Hong Kong, o índice de ações Hang Seng fechou com ganho de 0,3%, em 27,2 mil pontos. A sessão local hoje foi mais curta por causa do feriado, com alta pelo terceiro dia consecutivo.

Em 2020, o Hang Seng acumulou queda de 3,4%. Nesta quinta-feira, as ações da Geely Auto tiveram ganho de 8,4% e as da Country Garden, de 3,3%.

Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul não operou, por causa de um feriado local. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,3%, para 14,7 mil pontos.

Na Europa, queda dos índices

Os mercados de ações da Europa fecharam com índices em queda nesta quinta-feira, 31 de dezembro, em dia atípico nas Bolsas que operaram, com baixo volume de negociações e sessão abreviada por ser véspera de Ano Novo.

Além disso, as bolsas de Frankfurt e Milão não funcionaram, devido a feriados locais. O aumento de contaminações pela covid-19, em especial os  atribuídos à nova variação britânica do coronavírus, também provocou mais cautela entre os investidores.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,25% nesta quinta, recuando abaixo dos 400 pontos atingidos na última terça-feira, 29.

Mas a maior queda entre os principais índices neste último pregão do ano foi a do FTSE 100 da Bolsa de Londres, com contração de 1,45%, para 6.461 pontos.

O FTSE 100 teve um dos piores desempenhos entre os índices de ações mais importantes do mundo. No acumulado anual, a queda é de 14,34% — para comparar, o Ibovespa subiu quase 3% em 2020. E, na China, o índice Shenzen, passa de 41% de ganho.

Como pano de fundo para o destaque negativo do índice de Londres, há a questão do Brexit, a desistência dos britânicos de participar a União Europeia, e também o recrudescimento da pandemia no país.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, junto a autoridades de saúde do país, anunciou ontem dados recentes que mostraram aumento de casos da covid-19 entre os britânicos nas últimas semanas. Uma forte razão dessa piora está ligada à nova cepa do coronavírus.

Para enfrentar a situação, além de anunciar a adoção de mais restrições, Johnson cogitou ainda novas medidas caso os números de casos, mortes e hospitalizações pela pandemia continuem a piorar.

Em outras regiões da Europa, também houve aumento de contaminações e óbitos por covid-19. A Alemanha bateu na quarta-feira o seu recorde diário de mortes e, pela primeira vez, registrou mais de 1 mil vítimas fatais em um só dia. Já a França teve um aumento vertiginoso do número de casos na quarta, segundo a imprensa local, passando de 11.395 para 26.457 infecções diárias entre terça e quarta-feira.

O CAC 40, da bolsa de Paris, e o Ibex 35, de Madri, fecharam nas mínimas do dia. Enquanto o índice francês teve queda de 0,86%, a 5.551,41 pontos, o espanhol caiu 0,99%, a 8.073,70 pontos. No ano, o CAC 40 recuou 7,14% e o Ibex 35 caiu 15,45%.

Também fecharam o ano com desvalorização o índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, perdendo 6% no acumulado e o FTSE MIB, de Milão, que teve recuo de 5,4%.

Na contramão dos pares europeus, a nota positiva é do DAX, de Frankfurt: o índice alemão cresceu 3,55% em 2020.

Oceania

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em queda de 1,4%, em 6,6 mil pontos, com a Bolsa de Sydney também operando em pregão abreviado pelo feriado.

As maiores baixas estiveram entre incorporadoras, papéis do setor financeiro e de saúde. O índice da bolsa australiana perdeu 1,5% em todo o ano.

(Agência Estado)

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