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Bolsas da Ásia fecham em baixa após China manter juros inalterados

Desempenho reflete decisão do banco central chinês sobre as taxas de empréstimo de curto e longo prazos e o temor com possível recessão nos EUA

Tela de mercado financeiro na rua, alusivo às Bolsas da Ásia

Mercado espera que ocorram cortes de juros na China nos próximos meses, uma vez que o país deve continuar se recuperando em ritmo lento em meio à sua política de “tolerância zero” contra a covid-19 | Foto: Getty Images

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, 20, à medida que investidores digeriram decisão do banco central chinês de deixar seus principais juros inalterados e especularam sobre as chances de uma recessão nos EUA.

O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,74% em Tóquio hoje, a 25.771,22 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi sofreu queda mais robusta em Seul, de 2,04%, a 2.391,03 pontos, e o Taiex recuou 1,75% em Taiwan, a 15.367,58 pontos.

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Na China continental, o Xangai Composto ficou praticamente estável, com perda marginal de 0,04%, a 3.315,43 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,27%, a 2.158,34 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng ficou no azul, com alta de 0,42%, a 21.163,91 pontos.

Como se esperava, o BC chinês manteve hoje intactas suas taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos.

Para o ING, no entanto, é provável ainda que ocorram cortes de juros na China nos próximos meses, uma vez que a segunda maior economia do mundo deverá continuar se recuperando em ritmo lento em meio à sua política de “tolerância zero” contra a covid-19.

China e Japão vêm mantendo estímulos monetários para sustentar suas economias, ao contrário dos EUA, que estão elevando juros para tentar conter o avanço da inflação doméstica, que está nos maiores níveis em cerca de quatro décadas.

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Na semana passada, o Banco do Japão (BoJ) reiterou sua postura ultra-acomodatícia, ao passo que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) anunciou o maior aumento de juros desde 1994, alimentando temores de que os EUA entrem em recessão, fator que levou o Dow Jones e o S&P 500 a registrarem suas maiores perdas semanais desde 2020 na última semana.

A possibilidade de uma recessão nos EUA tem pressionado os mercados globais, inclusive os da Ásia. Na projeção do Bank of America, a economia americana tem 40% de chances de enfrentar uma recessão no próximo ano. Nesta segunda, as bolsas de Nova York não vão operar devido a um feriado nacional.

Na Oceania, a bolsa australiana terminou o pregão de hoje no menor nível desde novembro de 2020, pressionada por ações de mineradoras e petrolíferas. O S&P/ASX 200 caiu 0,64% em Sydney, a 6.433,40 pontos. (AE)

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