Bolsas da Ásia refletem temor da segunda onda
A perspectiva de mais estímulos fiscais nos Estados Unidos anima os investidores, mas o avanço da pandemia de covid-19 preocupa
16/12/2020A perspectiva de mais estímulos fiscais nos Estados Unidos animou as bolsas da Ásia, diante do potencial impacto global da medida. Mas os investidores continuam atentos aos riscos para a economia diante da nova onda global de casos da covid-19.
Na China, a Bolsa de Xangai terminou com baixa de 0,01%, em 3,4 mil pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, recuou 0,35%, a 2,3 mil pontos.
Ações ligadas ao consumo em geral subiram, com aquelas de bebidas, alimentos e viagens liderando os ganhos, enquanto companhias de semicondutores lideraram as baixas, com foco em uma potencial mudança gerencial na principal fabricante de chips domésticos do país, a SMIC.
A ação da empresa recuou 5,5%, com a notícia da saída do veterano do setor Liang Mong Song do cargo de co-CEO.
Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou com ganho de 0,26%, em 26,7 mil pontos. Ações de siderúrgicas e transportadoras marítimas estiveram entre os destaques.
Investidores estão atentos aos dados de exportação japoneses, após o país mostrar queda nas vendas no exterior em novembro em ritmo mais forte do que no mês anterior, em meio a uma nova onda global de casos da covid-19.
Entre papéis em destaque, Nippon Steel subiu 3,0% e Kobe Steel, 4,1%, enquanto Kawasaki Kisen Kaisha ganhou 1,9%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve alta de 0,54%, a 2,7 mil pontos. A chance de mais estímulos fiscais nos EUA apoiou o sentimento em Seul, após fechamento recorde do Nasdaq ontem em Nova York. Ações dos setores de tecnologia e transporte marítimo puxaram os ganhos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,97%, para 26,5 mil pontos, com ações do setor de tecnologia entre os destaques. Em Taiwan, o índice Taiex teve ganho de 1,68%, a 14,3 mil pontos.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,72%, em 6,7 mil pontos. Papéis de mineradoras e do setor de tecnologia puxaram os ganhos, com as negociações por estímulos nos EUA também no radar.
(Agência Estado)