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Por que o porco é o símbolo da caderneta de poupança

Tradicional aplicação financeira completou 160 anos em 2021 e frequentemente tem sua imagem associada ao suíno. Veja histórias

Cofre em forma de porco sobre mesa com moedas no entorno alusivo à poupança

Histórias da conexão entre o porco e a poupança em forma de cofre vão desde a tradição chinesa até à Idade Moderna na Europa | Foto: Getty Images

A caderneta de poupança no Brasil, frequentemente representada pela figura do porco, atingiu em junho captação de mais de R$ 7 bilhões. Com isso, o total dos depósitos dos brasileiros na poupança chegou a R$ 1 trilhão.

O mês foi o terceiro seguido neste ano em que os brasileiros mais depositaram do que sacaram dinheiro. A volta do pagamento do auxílio emergencial em abril ajudou a engordar o “porquinho” das famílias brasileiras.

Nesse sentido, a aplicação financeira firma-se como a mais tradicional alternativa de poupança dos brasileiros, quando completa 160 anos em 2021. Mas, afinal, qual é a explicação para o fato de ter sua imagem associada ao suíno?

Abaixo, estão algumas das explicações para a origem da conexão entre a poupança e o porquinho em forma de cofre.

A história dos cofres

Os cofres se tornaram necessários desde o surgimento dos primeiros objetos de valor.

Ao longo da história os cofres passaram a ser usados para guardar dinheiro, joias, documentos, projetos secretos, registros de posses e aplicações, armas de fogo e dinheiro, entre outros itens.

Os primeiros cofres surgiram no Egito Antigo, junto com a riqueza. Na época tinham o formato de pirâmide ou baú, modelo que passou a ser utilizado como cofre universal, feitos de madeiras nobres ou metal e com mecanismos de chaves ou cadeados.

A partir do século 20, os cofres ficaram ainda mais tecnológicos e passaram a ser construídos com estrutura mais moderna, com qualidades diferentes e tecnologias digitais de senhas para abertura.

Os cofrinhos para guardar as economias da família ou das crianças, no entanto, continuam até hoje seguindo predominantemente o formado de porquinho, muitos ainda feitos com argila e que muitas vezes só podem ser abertos quebrando o cofre – o que serve de incentivo para preservar o dinheiro poupado.

Porco e a multiplicação

Uma das teorias mais famosas do porquê do porco representar um cofre e, por sua vez, a poupança, é atribuída ao engenheiro francês Sebastian la Pestre.

O profissional que viveu no século 17 calculou que, por ano, uma porca poderia gerar seis milhões de filhotes.

Sendo assim, la Pestre entendeu que nenhum outro animal representaria tão bem a ideia de poupar quanto o porquinho.

Poupança de “argila”

Outra referência histórica remete também à Idade Moderna, no século 16.

Segundo a história, a maioria dos utensílios dos povos europeus eram feitos de uma espécie de argila barata chamada pygg clay, uma vez que o metal era caro.

Sendo assim, virou hábito entre os habitantes do Velho Continente guardar dinheiro em pequenos vasos que vieram a ser conhecido como pygg banks.

Devido à semelhança com a palavra piggy, que significa porquinho, em inglês, os ceramistas passaram a produzir cofres para poupança no formato de um porco.

Adicionalmente, há um trecho da história que diz que um ceramista inglês que não estava familiarizado com o termo piggy clay concebeu o primeiro cofre no formato do animal por engano, sendo que deveria construir um pote.

Cultura chinesa

Neste caso, a referência à relação entre porco e poupança vem do oriente.

De acordo com a cultura chinesa, o porco é o símbolo da prosperidade e riqueza.

Dessa forma, a ligação com o dinheiro é mais que objetiva e assim se justifica a criação de cofres no formato do animal.

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