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Canal de Suez vai ganhar nova pista e mão dupla

Duplicação de uma das maiores rotas de comércio marítimo do mundo foi motivada pelo encalhe de navio cargueiro

Canal de Suez

Plano de expansão do canal histórico foi acelerado pelo encalhe de navio cargueiro Ever Given, em março | Foto: Getty Images

A Autoridade do Canal de Suez (SCA, do inglês) começou os trabalhos para estender uma segunda via da rota, que passará assim a ter mão dupla, informou a CNN.

A duplicação, segundo a emissora de notícias, ocorre em uma seção próxima ao lugar em que um cargueiro gigante encalhou por seis dias em março. 

Durante a semana, a autoridade anunciou planos de estender em 10 quilômetros uma segunda pista do Canal de Suez, além de ampliar e aprofundar um trecho de via única no extremo sul do canal. 

Navio encalhado impulsionou obras no Canal de Suez 

A obstrução gerada pelo cargueiro Ever Given, de 440 metros, na seção sul do canal entre os dias 23 e 29 de março atrasou centenas de embarcações na via marítima, interrompendo o comércio mundial. 

Pelo menos 369 navios ficaram no congestionamento, incluindo dezenas de navios porta-contêineres, graneleiros, petroleiros e navios de gás natural liquefeito (GNL) ou gás liquefeito de petróleo.

ilustrações, clipart, desenhos animados e ícones de engarrafamento marítimo. navio cargueiro de contêineres encalhou e ficou preso no canal de suez, bloqueando a hidrovia mais movimentada do mundo. mostrando com a ajuda de um mapa. - ever given
Local onde o Ever Given encalhou em março, causando prejuízo ao comércio internacional | Imagem: Getty Images

O Ever Given, porém, segue carregado com milhares de contêineres, encontra-se retido no Grande Lago Amargo, entre dois trechos do canal.

O navio é alvo de meio a uma disputa sobre um pedido de indenização por parte da SCA contra a proprietária do barco, a empresa japonesa Shoei Kisen.

Os tribunais egípcios concordaram com a imposição dos responsáveis pelo Canal de Suez de manter o navio confiscado até que seja pago quase US$ 1 bilhão (R$ 5,2 bilhões) pela operação de desencalhe e pela “perda de reputação” da rota comercial.

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