Preço da carne desacelera, mas cerveja fora de casa está mais cara
Preços de alimentos e bebidas continuaram a aumentar, especialmente nos componentes de proteínas in natura, carnes processadas, cerveja e refrigerantes
12/02/2025
Os preços da cerveja aumentaram 5,1% em janeiro em comparação ao mesmo período do ano anterior, mas preços das proteínas desaceleraram | Foto: Getty Images
Os preços das proteínas desaceleraram em janeiro, mas os preços da carne bovina e suína estão significativamente mais altos na comparação com o mesmo período do ano passado.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou seu índice de preços ao consumidor (IPCA) mensal para janeiro, mostrando que os preços de alimentos e bebidas continuaram a aumentar, especialmente nos componentes de proteínas in natura (exceto carne suína), carnes processadas, cerveja (em casa) e refrigerantes.
Entre os componentes de bebidas, os preços continuaram a aumentar na comparação mensal em janeiro, exceto para cerveja fora de casa, e a inflação nos componentes de cerveja e refrigerantes ficou em dígitos médios.
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Inflação da carne desacelera, mas cerveja fica mais cara
Em relação às proteínas, os preços de carnes in natura e processadas desaceleraram em janeiro, mas continuaram a aumentar na comparação mensal, exceto para carne suína, que registrou uma leve queda.
No universo de cobertura do Banco Safra, a BRF (BRFS3) é a mais exposta a carne suína, aves e carnes processadas, seguida pela JBS (JBSS3), enquanto a Minerva (BEEF3) é a mais exposta à carne bovina.
Por fim, entre outras categorias selecionadas de alimentos, os preços do arroz e feijão caíram na comparação mensal, enquanto os preços de massas, biscoitos e margarina subiram.
Os preços da cerveja aumentaram 5,1% em janeiro em comparação ao mesmo período do ano anterior, enquanto os preços dos refrigerantes subiram 5,9% na comparação anual. A inflação no componente de cerveja em casa aumentou 0,5% na comparação mensal (+4,7% a/a) em janeiro, enquanto no componente de cerveja fora de casa caiu 0,1% m/m (+5,4% a/a).
As recentes chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil podem ajudar a explicar a demanda mais fraca, refletindo em uma leve queda nos preços da cerveja fora de casa.
Em relação aos refrigerantes, a inflação continuou a acelerar em ambos os componentes, aumentando 0,5% m/m (+6,9% a/a) no componente de refrigerante em casa e 0,8% m/m (+5,0% a/a) no componente fora de casa.
Os preços das proteínas continuaram a aumentar em janeiro, exceto para carne suína. Os preços ao consumidor de carne bovina e frango in natura subiram em janeiro, enquanto os preços da carne suína caíram ligeiramente m/m.
Inflação da carne processada continua aumentando
Ainda assim, os especialistas do Banco Safra continuam a ver preços significativamente mais altos, especialmente para carne bovina (+21,5% a/a), carne suína (+18,9% a/a) e frango (+10,5% a/a).
A inflação das carnes processadas também está aumentando (+0,7% m/m e +3,2% a/a), embora em um ritmo mais lento do que o das proteínas in natura em termos a/a, como resultado dos componentes de peixe (+6,4% a/a), carne seca (+10,4% a/a) e salsicha para cachorro-quente (+3,6% a/a).
O Safra continua a ver uma forte demanda no mercado doméstico brasileiro, juntamente com um crescimento limitado da oferta, sustentando os preços das carnes no curto prazo.
Outros itens alimentares mostram uma tendência mista, com deflação no arroz e feijão, enquanto os preços de massas, biscoitos e margarina subiram m/m em janeiro.
Os preços do arroz e feijão registraram deflação de -0,5% m/m (+1,2% a/a) e -1,4% m/m (-17,8% a/a) em janeiro, respectivamente. A inflação nas massas (+0,5% m/m e +0,2% a/a) e biscoitos (+0,8% m/m e +0,4% a/a) tem acelerado desde dezembro, mas está ligeiramente abaixo da tendência histórica para o mês.
Enquanto isso, os preços do componente de margarina subiram ligeiramente (0,1% m/m) em janeiro, após dois meses de deflação (ainda -4,2% a/a).

