Vale, Rumo e EDP reforçam Carteira de Renda Fixa Incentivada
Considerando a isenção de imposto de renda, o retorno médio do investimento na Carteira de Renda Fixa Incentivada do Banco Safra é de 118% do CDI
04/02/2025
A renda fixa incentivada é um tipo de investimento que oferece rendimentos isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas | Foto: Getty Images
O Banco Safra anunciou mudanças na carteira top picks de Renda Fixa Incentivada para o mês de fevereiro de 2025. Foram excluídos os títulos de Ecorodovias (2031), Marfrig (2034) e MRS (2036). Entraram EDP (2033), Rumo (2034) e Vale (2036).
O Safra estima rendimento anual projetado de 100% do CDI pela cotação do dia 3 de fevereiro de 2025 e duration de 6,4 anos. Considerando a isenção de IR, o retorno médio estimado fica em 118% do CDI.
A exposição setorial da carteira de Renda Fixa Incentivada se concentra em distribuição de energia, óleo & gás, transporte ferroviário e mineração.
A renda fixa incentivada é um tipo de investimento que oferece rendimentos isentos de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas. Os títulos de renda fixa incentivada são emitidos por empresas do setor de infraestrutura, com o objetivo de financiar projetos prioritários.
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A carteira de Renda Fixa Incentivada oferece as seguintes vantagens:
- Rendimentos isentos de IR para PF;
- Retorno real médio (acima da inflação) de 7,5%;
- Diversificação setorial, com players relevantes em seus respectivos setores;
- Títulos com liquidez.


Composição da Carteira Renda Fixa Incentivada para fevereiro de 2025:
EDP Brasil (ENBR3)
A EDP Brasil é uma operadora do setor elétrico brasileiro, tendo operações de geração, transmissão, comercialização e distribuição. A companhia iniciou suas operações em 2000, consolidando os ativos da EDP Portugal. Atualmente a EDP detém 6 usinas hidrelétricas em operação, com garantia física de 2,3GW e vencimento médio das concessões em 19,3 anos. No segmento de transmissão, o portfólio possui 2,7 mil km, sendo 2,2 mil km em operação e 0,5 mil km em implantação. Em distribuição, a companhia controla as operações da EDP São Paulo e EDP Espírito Santo, ambas inseridas no processo de renovação das concessões com vencimento em out/28 e jul/25, respectivamente.
Estrutura Acionária: a EDP Brasil é controlada pela EDP, companhia portuguesa, com operação verticalizada em ativos de utilities na europa.
Perfil de Crédito: historicamente, a companhia mantem métricas financeiras e operacionais conservadoras, com o EBITDA 3T24 UDM atingindo R$4,8 bilhões, com margem de 35%. A dívida líquida, por sua vez, atingiu R$9,8 bilhões com a alavancagem em 2,0x. A EDP possui uma política ativa de reciclagem de portfólio, contribuindo para a geração de valor dos ativos e execução de novos investimentos.
PRIO (PRIO3)
A PRIO (ex-Petro Rio) é dedicada à exploração e produção de petróleo a partir de campos offshore. Entre as petroleiras nacionais (ex-Petrobras), a PRIO ocupa a primeira posição em volume de produção, extraída a partir de seus 4 clusters de atuação (ver detalhes ao lado), totalizando 8 blocos localizados na Bacia de Campos (RJ). Sua estratégia de atuação consiste na aquisição de poços de exploração maduros, com projetos já iniciados por outras companhias. As aquisições são feitas visando possíveis ganhos de sinergia entre os campos de exploração, expansão das reservas e redesenvolvimento do campo para aumento de produção e extensão da vida útil.
Pontos positivos: track record positivo de recuperação de campos maduros; Maior volume de produção frente aos concorrentes independentes; Vida útil das reservas provadas; Estrutura de custos competitiva.
Pontos atenção: volume de Capex com aquisições deve elevar alavancagem no curto prazo; Extração concentrada na Bacia de Campos; Volatilidade de preços do petróleo; Alterações regulatórias e de políticas ambientais podem reduzir atratividade de projetos e adiar produção.
Rumo (RAIL3)
A Rumo atua no ramo de logística de transporte ferroviário, além de manter operações portuária e de armazenamento. A companhia opera a maior rede de linha férrea do Brasil, presente em 8 estados. Cerca de 26% das exportações de grãos do país é transportada pela RUMO. As operações se dividem em 4 segmentos:
- (i) Norte, compreendendo as concessões ferroviárias da Malha Norte e Malha Paulista;
- (ii) Sul, que abrange as malhas ferroviárias Oeste e Sul,
- (iii) Contêineres, que são as operações da Brado Logística e
- (iv) operação Central, que compreende a concessão da Rumo Malha Central (Ferrovia Norte – Sul).
Acionistas: a COSAN é o acionista controlador da RUMO com 30,33% das ações ordinárias. Free-float e controladores minoritários totalizam 69,67% das ações ordinárias. Dentre os principais projetos de expansão atuais, destacam-se:
- (i) Expansão da Malha Norte até Lucas do Rio Verde (MT)
- (ii) melhoria de eficiência na Malha Paulista, visando gerar capacidade adicional de 40 milhões de toneladas.
Equatorial Energia (EQTL3)
A Equatorial é uma holding com operações no setor elétrico (geração, distribuição e transmissão) e saneamento. Fundada em 1999, o grupo está posicionado como um dos maiores operadores do setor elétrico do Brasil, tendo acumulado ao longo dos anos um extenso track record de aquisição, recuperação e operação de concessões.
Segmentos operacionais:
Geração. Atuação por meio da Echoenergia(adquirida em 2022), cujo portfólio de ativos de geração renovável tem capacidade instalada de 1,2 GW e mais 0,6 GW em construção.
Distribuição: Controla 7 concessionárias (MA, PA, PI, AL, AP, RS e GO) que atendem mais de 13,7 milhões de consumidores em 1.102 municípios, sendo o 3º maior grupo do segmento no Brasil em número de clientes. O segmento responde por cerca de 80% do EBITDA do grupo.
Transmissão: 7 linhas que totalizam RAP (Receita Anual Permitida) de R$1,1 bi para o ciclo 2023/24.
Saneamento: A companhia iniciou sua concessão de saneamento no Amapá em dez/21. Em jul/24, a companhia adquiriu 15% da Sabesp, se tornando o controlador de referência após a venda de ações pelo governo.
Estrutura acionária: a companhia é uma corporation, controle pulverizado, tendo dentre os principais fundos de referência a Squadra, Opportunity e Black Rock.
Vale (VALE3)
A Vale é uma das maiores companhias de mineração do mundo, estando entre as 3 maiores produtoras de minério de ferro (finos e pelotas). A companhia ainda possui operações de extração de metais como níquel, cobre e cobalto, usados em produtos relacionados a transição energética. Suas operações estão concentradas no Brasil, com 3 principais sistemas de extração (Sistema Norte, Sudeste e Sul) e em países como Canadá, Reino Unido, Japão e Indonésia. A Vale ainda possui a participação em operações complementares a cadeia de mineração, sendo acionista de companhias como VLI e MRS (transporte ferroviário), Aliança Energia (geração de energia), terminais de movimentação portuária, usinas de beneficiamento de minério e outras operações de mineração, como a Vale Base Metals e Samarco.
Estrutura Acionária: Capital Group (10,2%), Previ (8,8%), Blackrock (6,4%), Mitsui (6,3%) e free float (68,3%).
Atualizações: No final de 2024 companhia assinou o acordo relativo a reparação do rompimento da barragem de Brumadinho, que prevê R$170 bilhões em compensações ao longo de 20 anos, com parte dos recursos já alocada.

