Telefônica e Copel entram na Carteira Top 10 ações para dezembro
O Banco Safra anunciou ajustes na Carteira Top 10 Ações, excluindo os papéis da Cyrela e Eletrobras; o portfólio recomendado também trouxe ajustes de pesos das ações
02/12/2024O Banco Safra promoveu ajustes na Carteira Top 10 Ações para o mês de dezembro. A ação da Cyrela deixou a carteira recomendada e foi substituída pelo papel da Telefônica Brasil. A ação da Eletrobras também foi excluída para ceder espeço para a da Copel.
A Carteira Top 10 Ações tem execução automática, ou seja, o investidor faz a aplicação inicial e o rebalanceamento mensal fica por conta dos especialistas da Safra Corretora, a melhor do Brasil para quem investe em ações, segundo o ranking da Fundação Getulio Vargas (FGV). Desde o lançamento, em janeiro de 2012, a carteira rendeu 223,16%, o dobro do Ibovespa (111,93%) e superior ao CDI no período (210,71%.
Composição da Carteira Top 10 ações para dezembro
O Safra justifica que as exclusões se devem a uma mudança de postura em busca de uma composição de carteira mais defensiva, diante de uma piora do cenário macroeconômico.
A ação da Telefônica Brasil entrou na carteira pois o banco acredita na continuidade do bom momento de resultados para 2025, fruto de um ambiente competitivo favorável.
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A possível aprovação da transição do regime de concessão para um regime de autorização poderia destravar valores consideráveis para a companhia e dar suporte para suas ações.
A Copel, segundo os especialistas do Safra, continua mostrando potencial para impulsionar a geração de valor com medidas de eficiência, além de ser um bom player de dividendos, com potencial para aumentar o pagamento no futuro dada sua grande geração de caixa e vemos riscos limitados relacionados à tese de investimento.
Adicionalmente, o Safra reduziu a exposição a Vale e Prio para aumentar a exposição a Suzano, BB Seguridade e Petrobras. Com isso, a Carteira Top 10 Ações inicia o mês com um beta de 0,85 (de 1,00 em novembro).
Carteira Top 10 Ações
Telefônica Brasil (VIVT3)/ Telecomunicação
O Safra acredita na continuidade do bom momento de resultados para Telefônica Brasil para o ano de 2025, com um ambiente competitivo favorável, beneficiado pela aquisição de parte da Oi móvel e a possível aprovação da transição do regime de concessão para um regime de autorização, que destravaria valores consideráveis para a companhia. Além disso, tem uma boa perspectiva de pagamento de dividendos e um valuation bastante atrativo.
Copel (CPLE6) / Utilidades Básicas
A Copel continua a mostrar potencial para impulsionar a geração de valor com medidas de eficiência, é um bom player de dividendos, com potencial para aumentar o pagamento no futuro, dada sua grande geração de caixa e vemos riscos limitados relacionados à tese de investimento. O Safra vê a empresa sendo negociada a uma 10,6% de TIR e oferece um dividend yield de 4,5% para 2025
BB Seguridade (BBSE3) / Serviços Financeiros
O Safra elevou levemente o peso de BB Seguridade na carteira Top 10 ações. O banco vê uma boa oportunidade de exposição a um nome defensivo com crescimento que é negociado a um valuation atrativo. Uma perspectiva mais favorável para as condições climáticas e o seu reflexo no plantio, especialmente na Região Centro-Oeste do Brasil, levará à recuperação dos níveis de plantio e à aceleração no ritmo de empréstimos de capital de giro relacionados à safra, trazendo uma melhora considerável para a perspectiva dos prêmios de seguros rurais emitidos no 4T24 e, portanto, beneficiando os resultados consolidados da BBSE.
Rumo (RAIL3) / Transportes
O Safra acredita que os resultados da Rumo devem continuar firmes e impulsionados por bons volumes e tarifas, que combinados com custos controlados deveriam seguir gerando alavancagem operacional. No curto prazo, o maior preço das commodities teria o potencial de aumentar a atratividade das exportações, fator que poderia elevar a demanda pelos serviços da Rumo. Adicionalmente, o Safra vê a companhia negociando a uma TIR real de 11,9%, um prêmio de 5,5 pp sobre a taxa da NTNB 2035, o que representa um patamar bastante atrativo de negociação de suas ações.
Vale (VALE3) / Mineração & Siderurgia
O Safra reduziu levemente a exposição à Vale na carteira. O banco segue com uma visão positiva para as ações da companhia e acredita que a atividade econômica chinesa poderia dar suporte aos preços do minério no curto prazo. A empresa deve continuar a gerar um fluxo de caixa sólido e manter níveis atrativos de remuneração aos acionistas. Adicionalmente, o prêmio de qualidade para o minério tende a se manter próximo do nível atual, devido à busca por maior eficiência e elevados padrões ambientais das siderúrgicas.
PetroRio (PRIO3) / Óleo e Gás
O Safra reduziu a exposição a PetroRio. O banco gosta da exposição às empresas juniores de petróleo, pois acredita que elas conseguirão entregar melhora na produção ao longo de 2024 e 2025, gerando elevado fluxo de caixa. A PetroRio é a principal escolha do Safra entre elas, pois conta com um bom histórico de execução e de alocação de capital, é a mais líquida e está negociando a um valuation bastante atrativo. Além disso, seu baixo endividamento combinado com a forte geração de fluxo de caixa deve continuar proporcionando boa capacidade de aquisição de ativos.
Petrobras (PETR4) / Óleo & Gás
O Safra aumentou a exposição a Petrobras. O Banco acredita que os resultados continuarão robustos no curto e médio prazo e a empresa manterá uma boa capacidade de distribuição de dividendos. Adicionalmente, PETR oferece um valuation atrativo, e o Safra vê suas ações negociando com desconto em relação a suas pares internacionais e à sua média histórica.
Itausa (ITSA4) / Serviços Financeiros
O Safra manteve a exposição a Itaúsa, pois gosta da ação por ela refletir o bom momento de resultados do Itaú e por seus múltiplos de negociação ainda estarem abaixo da média histórica. Recentemente, ITSA apresentou desempenho inferior à ITUB, ampliando o desconto de holding e abrindo espaço para o fechamento desse desconto no curto prazo.
Suzano (SUZB3) / Papel e Celulose
O Safra elevou o peso da Suzano na carteira Top 10 ações. O banco tem uma visão positiva para a empresa, pois acredita que ela está bem-posicionada para se beneficiar de uma inflexão nos preços da celulose, movimento que poderia acontecer em breve. O projeto Cerrado deve beneficiar a SUZB com aumento de volumes, redução dos custos operacionais por tonelada, além de impulsionar a geração de caixa da empresa, que poderia atingir um retorno de 17,5% na média anual para o período de 2025–28. Adicionalmente, o Safra espera que a gestão continue executando programas de recompra de ações.
Grupo Mateus (GMAT3) / Consumo e Varejo
O Safra manteve o Grupo Mateus na carteira recomendada. O banco vê suas ações sendo negociadas a um valuation atrativo de 11x P/L para 2025 (vs. sua média histórica de 13x) além de perspectivas de crescimento superior ao de seus pares em função de um melhor ambiente competitivo na região Nordeste comparado com o Sudeste e de perspectivas continuidade da expansão de seu número de lojas.