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Casos de síndrome respiratória grave caem em todo o País

Segundo a Fiocruz, 99% dos casos de SRAG com identificação laboratorial de vírus respiratório são referentes à covid-19

respiração com oxigênio

Apenas Espírito Santo, Piauí e Rondônia apresentam sinal de alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave | Foto: Getty Images

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou dados nesta sexta-feira, 24, que confirmam uma tendência de queda dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil.

Segundo a instituição, 99% dos casos de SRAG com identificação laboratorial de vírus respiratório são referentes à covid-19.

Nesse sentido, a instituição destaca o fato da variante Delta do coronavírus não ter elevado exponencialmente o número de casos da doença no País, ao contrário do que ocorreu em outras nações.

“Mesmo o Rio de Janeiro, principal fonte de preocupação nos últimos meses, já interrompeu essa tendência e registrou queda em semanas recentes”, diz em nota o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Boletim InfoGripe.

De acordo com a Fiocruz, apenas três dos 26 Estados mais o Distrito Federal (DF) apresentam sinal de alta na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Espírito Santo, Piauí e Rondônia.

Dentre os demais, 12 apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo:

  • Amazonas
  • Ceará
  • Goiás
  • Maranhão
  • Mato Grosso
  • Mato Grosso do Sul
  • Paraíba
  • Rio Grande do Sul
  • Roraima
  • Santa Catarina
  • São Paulo
  • Sergipe

O restante dos Estados e o DF dão sinais de estabilidade quanto aos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Tendências de surgimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave | Fonte: InfoGripe/Fiocruz

Para a Fiocruz, entre as justificativas mais plausíveis para o enfraquecimento da variante Delta e a queda nas ocorrências de covid-19 está a vacinação.

“Embora a cobertura de segunda dose ainda esteja distante do patamar considerado ideal para proteção coletiva”, diz Gomes.

Por outro lado o especialista afirma que a proximidade entre os picos recentes da doença, ocorridos em março e maio, pode ter feito o número de pessoas recentemente expostas e que ainda têm algum nível de imunidade tenha sido relativamente alto. 

Síndrome Respiratória Aguda Grave por idade

Em relação às faixas etárias, a Fiocruz aponta uma queda sustentada de casos de SRAG entre crianças e adolescentes (0 até 9 anos e 10 até 19 anos) desde a segunda quinzena de agosto.

Mesmo com dados ainda expressivos para crianças, as estimativas para as últimas semanas encontram-se em valores próximos ao que se registrou no pico de julho de 2020 – entre mil e mil e duzentos casos por semana.

No grupo dos adolescentes, se assemelha ao cenário de dezembro de 2020, quando foram registrados os valores mais baixos. A estimativa é de 130 a 170 casos para a última semana.

Por fim, a Fiocruz diz que o volume de casos nas faixas etárias dos 20 até os 59 anos já retornaram ao patamar de outubro de 2020, nível que já havia sido atingido por aqueles com mais de 60 anos.

“A campanha permitiu proteção dessas pessoas durante o período de aumento na transmissão, entre abril e maio. A estabilidade em valores relativamente mais altos na população mais jovem, por outro lado, é um sintoma da manutenção de transmissão elevada na população em geral”, afirma Gomes. 

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