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Cepa brasileira do vírus preocupa governo Biden

Variante de coronavírus identificada no Brasil preocupa o governo dos EUA, que não planeja rever a restrição de entrada de viajantes que chegam do Brasil

Governo Biden teme que vacinas não sejam suficientes contra mutação do novo coronavírus no Brasil

Preocupado com a nova cepa do coronavírus, governo Bidem dá sinais de que não deve rever proibição da entrada de brasileiros nos EUA

A variante de coronavírus identificada inicialmente no Brasil preocupa o governo dos EUA, que não planeja derrubar a restrição de entrada de passageiros brasileiros tão cedo. A informação é do diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas e um dos principais nomes do governo de Joe Biden na estratégia de combate à pandemia, Anthony Fauci.

“O Brasil tem uma mutação que é uma preocupação para nós. É uma mutação que é muito similar à variante da África do Sul, que tem escapado da proteção de muitos anticorpos monoclonais e diminui a eficácia de anticorpos induzidos por duas vacinas que estão disponíveis”, disse Fauci em relação à cepa do novo coronavírus identificada no País.

Biden promete aplicar 100 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Moderna até o fim de abril, nos 100 primeiros dias de governo. A Casa Branca, porém, está preocupada com a redução de eficácia da imunização diante das novas cepas.

Temor de ineficácia de vacina contra cepas

Há no governo americano, no entanto, cautela com relação às novas mutações, por isso o fluxo de viagens entre Brasil e os Estados Unidos não deve voltar ao normal tão cedo.

“Há uma preocupação com relação às viagens. Não acredito que haverá nenhuma mudança no futuro imediato das restrições de viagem impostas ao Brasil”, afirmou Fauci.

Nesta semana, pesquisa publicada na revista Nature Medicine mostrou que a vacina da Pfizer pode neutralizar as variantes do Reino Unido e da África do Sul. Estudo da Moderna indica que seu  imunizante é eficaz contra as novas mutações do vírus.

Desde maio de 2020, o governo americano proíbe a entrada de passageiros que estiveram no Brasil nos 14 dias antes da chegada aos EUA. A restrição foi estabelecida por Donald Trump, que já havia estabelecido restrições a passageiros de China, Irã, Reino Unido, Irlanda e outros 26 países europeus.

Nas últimas semanas, o CDC atualizou o período de quarentena para quem se expôs ao vírus dentro dos EUA. Agora, o isolamento recomendado é de dez dias – ou sete dias de isolamento após um teste negativo de covid.

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