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Cervejarias enfrentam gargalos na retomada

Maior cervejaria do mundo divulga lucro líquido de US$ 1,8 bilhão, mas alerta que enfrenta riscos de gargalos para elevar produção

Produção de cerveja

O consumo de cerveja migrou dos bares para as casas durante a pandemia e não voltou aos patamares anteriores com a reabertura da economia | Foto: Getty Images

Depois de afetar a indústria automobilística mundial com a falta de autopeças e componentes eletrônicos, a desorganização na cadeia produtiva começa a afetar também a produção das cervejarias. A Anheuser-Busch InBev, a maior cervejarias do mundo, informou ao divulgar os resultados que “segue absorvendo os ventos contrários de gargalos na cadeia produtiva”.

A empresa teve forte avanço no lucro líquido no segundo trimestre de 2021, quando as vendas ultrapassaram os níveis pré-pandemia.

A  cervejaria, que também abriga as marcas Stella Artois e Michelob Ultra em seu portfólio, revelou que o lucro líquido trimestral foi de US$ 1,86 bilhão no trimestre, em comparação com US$ 351 milhões no mesmo período do ano anterior.

A AB InBev, sediada na Bélgica, destacou que a receita do trimestre aumentou para US$ 13,54 bilhões, de US$ 10,29 bilhões um ano antes. O crescimento orgânico da receita no trimestre foi de 28%, enquanto os volumes orgânicos aumentaram 21%. Isso se compara às expectativas de aumentos de 24% e 19%, respectivamente, de acordo com um consenso fornecido pela empresa.

Após a divulgação do balanço, a ação da Anheuser-Busch InBev recuava 5,71% na Bolsa de Bruxelas, por volta das 8h05 (de Brasília).

Ambev tem lucro de R$ 2,9 bilhões no trimestre

A Ambev registrou lucro líquido de R$ 2,929 bilhões no segundo trimestre de 2021, alta de 130,4% ante o mesmo período de 2020. Já o lucro normalizado foi de R$ 2,962 bilhões, um avanço de 115,9% ante igual etapa do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 5,289 bilhões, um avanço de 58% ante igual etapa de 2020 (ante o reportado) e de 24% (orgânico). A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 15,711 bilhões, o que representa um crescimento de 35,3% (reportado) e de 36,2% (orgânico).

Segundo a empresa, a receita foi impulsionada pelo desempenho do volume e pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 14,5%. A receita líquida cresceu 28,5% no Brasil.

Em seu comentário de desempenho, a administração destaca que a empresa apresentou mais um forte desempenho comercial de abril a junho, atingindo os maiores volumes consolidados já registrados em um segundo trimestre. O resultado, informam, foi impulsionado pela implementação consistente da estratégia, baseada em inovação, plataformas tecnológicas e excelência operacional.

Cervejarias apoiam clientes na retomada

“Além de estarmos melhor preparados para enfrentar questões relacionadas à covid-19, estamos trabalhando para apoiar nossos clientes durante a reabertura econômica à medida que a vacinação avança e as restrições gradualmente diminuem nos países em que operamos”, diz a empresa.

A Ambev destaca que no período, continuou a registrar crescimento nos volumes em 19,0% ante o segundo trimestre de 2020 e 8,0% ante o mesmo período de 2019, com 7 dos 10 principais mercados já crescendo acima de igual etapa de 2019. “A receita líquida cresceu 36,2% e a ROL/hl 14,5%, impulsionada por iniciativas de ‘premiunização’, inovação e gestão de receita. Nossas marcas acima do core continuam ganhando relevância em nosso portfólio em 5 dos principais mercados em que atuamos” diz a companhia. (AE)

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