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China injeta US$ 15,5 bilhões no sistema financeiro para conter crise da Evergrande

Banco do Povo da China anuncia injeção de 100 bilhões de yuans para garantir liquidez do sistema financeiro diante da crise da gigante de imóveis

Evergrande

Evergrande Plaza in Chengdu, China: Banco do Povo da China injeta recursos no sistema financeiro em operações de recompra reversa numa tentativa de manter a liquidez do sistema bancário | Foto: Getty Images

O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) injetou 100 bilhões de yuans, o equivalente a quase US$ 15,5 bilhões, em recursos no sistema financeiro chinês através de operações de recompra reversa de 14 dias em mais uma tentativa de manter a liquidez do sistema bancário em meio a preocupações com as dificuldades financeiras da gigante do setor imobiliário chinês Evergrande.

A injeção de recursos foi confirmada nesta segunda-feira, 27, por meio de comunicado divulgado no site do Banco do Povo da China.

Neste mês, o Banco do Povo da China intensificou as injeções de capital diante de crescentes sinais de insolvência da Evergrande.

Na quinta-feira, dia 23, uma subsidiária da empresa falhou em honrar o pagamento de juros sobre bônus externos. Desde a semana passada, circulam relatos de que o governo chinês irá reestruturar a Evergrande e estatizá-la.

Bolsas da Ásia reagem à ação do Banco do Povo da China para conter crise da Evergrande

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, à medida que o recente rali do petróleo impulsionou alguns mercados e cortes de energia na China derrubaram ações locais. Segue no radar a crise de liquidez da Evergrande, gigante do setor imobiliário chinês.

Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta marginal de 0,07%, a 24.208,78 pontos, em parte sustentado por grandes petrolíferas como Cnooc (+5,1%), PetroChina (+1,3%) e Sinopec (+0,5%). Já a ação da Evergrande saltou mais de 8% hoje, mas as de outras incorporadoras chinesas ficaram no vermelho, caso de Longfor Group (-3,2%), Country Garden (-2,5%) e China Overseas Land & Investment (-2,8%). Também listado em Hong Kong, o papel da Evergrande Auto sofreu um tombo de 9,4%, após a unidade de veículos elétricos do endividado grupo chinês alertar que enfrenta “séria escassez de recursos”.

Na China continental, as bolsas recuaram após cortes de energia locais comprometerem a perspectiva de crescimento da segunda maior economia do mundo. O Xangai Composto teve queda de 0,84%, a 3.582,83 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 1,14%, a 2.406,56 pontos.

Em outras partes da Ásia, o índice japonês Nikkei fechou praticamente estável em Tóquio, com ligeira perda de 0,03%, a 30.240,06 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,27% em Seul, a 3.133,64 pontos, ajudado por ações dos setores petrolífero e de tecnologia, e o Taiex subiu 0,31% em Taiwan, a 17.313,77 pontos.

As cotações internacionais do petróleo acumularam ganhos por quatro sessões consecutivas na semana passada e mantêm o tom positivo hoje, graças a um aperto na oferta e perspectiva de avanço da demanda com o alívio nas condições da pandemia de covid-19.

Na Oceania, a bolsa australiana teve um dia de alta moderada, com destaque para ações de turismo, que saltaram após New South Wales, estado mais populoso do país, anunciar planos para suspender restrições ligadas à covid-19 nos próximos meses. O S&P/ASX 200 avançou 0,57% em Sydney, a 7.384,20 pontos. (AE)

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