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São Paulo e Rio estudam liberar uso de máscaras

Capitais anunciam flexibilização para os próximos dias, mas especialistas consideram a sinalização precipitada

Liberação do uso de mácaras nas cidades

Epidemiologista lembra que os números de contaminações, internações e mortes apresentam estabilidade e não queda | Foto: Getty Images

As pefeituras de São Paulo e do Rio anunciaram que pretendem liberar a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços abertos, diante da queda do número de contágios e mortes por covid-19.

Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que se o índice de vacinação atingir 90% da segunda dose na população geral (e 100% nos idosos) na próxima semana, a partir do dia 15 o município pode liberar os espaços públicos da regra de segurança.

“Estamos caminhando para isso e a decisão, que vai partir da secretaria de saúde, deve sair nos próximos dias”, disse o prefeito nesta terça-feira, 5.

A capital paulista apresentava, nesta terça-feira, 82% da população geral vacinada com a segunda dose. São Paulo liberou o comércio da obrigatoriedade da aferição de temperatura e reduziu o distanciamento recomendado entre clientes de dois para um metro.

Liberação do uso de máscaras já vale em cidade do Rio

Na capital fluminense, a obrigatoriedade do uso de máscaras vai valer até que o município atinja 65% da população com o ciclo vacinal completo. Segundo declaração do secretário municipal da saúde, Daniel Soranz, a marca deve ser atingida nos próximos dias.

“Isso deve acontecer em torno de 10 a 15 dias e a gente vai acompanhar os indicadores epidemiológicos até lá. A gente ainda tem 15 dias pra acompanhar essa evolução da vacinação”, disse o secretário nesta quarta-feira, 6.

O município de Duque de Caxias tomou à frente e desobrigou seus habitantes a circularem com máscaras nos espaços públicos, tanto abertos como fechados.

Na publicação de decreto, nesta terça-feira, 5, o prefeito Washington Reis argumentou que o avanço da campanha de vacinação na cidade sustenta a volta à normalidade.

Duque de Caxias tinha, na terça-feira, 70% da população com a primeira dose e 46,8% com o ciclo de imunização completo.

Especialistas consideram os anúncios do Rio e São Paulo e a decisão de Duque de Caxias precoces. Cientistas e médicos concordam que a vacinação voltou a avançar em um ritmo adequado ao combate. Mas, para a maioria, a redução de mortes e contágios não significa ainda que a pandemia esteja sob controle.

O epidemiologista Pedro Hallal lembrou que, apesar da enorme redução de contaminações, internações e mortes, os números deixaram de cair e apresentam, na média brasileira, estabilidade.

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