São Paulo e Rio estudam liberar uso de máscaras
Capitais anunciam flexibilização para os próximos dias, mas especialistas consideram a sinalização precipitada
06/10/2021As pefeituras de São Paulo e do Rio anunciaram que pretendem liberar a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços abertos, diante da queda do número de contágios e mortes por covid-19.
Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que se o índice de vacinação atingir 90% da segunda dose na população geral (e 100% nos idosos) na próxima semana, a partir do dia 15 o município pode liberar os espaços públicos da regra de segurança.
“Estamos caminhando para isso e a decisão, que vai partir da secretaria de saúde, deve sair nos próximos dias”, disse o prefeito nesta terça-feira, 5.
A capital paulista apresentava, nesta terça-feira, 82% da população geral vacinada com a segunda dose. São Paulo liberou o comércio da obrigatoriedade da aferição de temperatura e reduziu o distanciamento recomendado entre clientes de dois para um metro.
Liberação do uso de máscaras já vale em cidade do Rio
Na capital fluminense, a obrigatoriedade do uso de máscaras vai valer até que o município atinja 65% da população com o ciclo vacinal completo. Segundo declaração do secretário municipal da saúde, Daniel Soranz, a marca deve ser atingida nos próximos dias.
“Isso deve acontecer em torno de 10 a 15 dias e a gente vai acompanhar os indicadores epidemiológicos até lá. A gente ainda tem 15 dias pra acompanhar essa evolução da vacinação”, disse o secretário nesta quarta-feira, 6.
O município de Duque de Caxias tomou à frente e desobrigou seus habitantes a circularem com máscaras nos espaços públicos, tanto abertos como fechados.
Na publicação de decreto, nesta terça-feira, 5, o prefeito Washington Reis argumentou que o avanço da campanha de vacinação na cidade sustenta a volta à normalidade.
Duque de Caxias tinha, na terça-feira, 70% da população com a primeira dose e 46,8% com o ciclo de imunização completo.
Especialistas consideram os anúncios do Rio e São Paulo e a decisão de Duque de Caxias precoces. Cientistas e médicos concordam que a vacinação voltou a avançar em um ritmo adequado ao combate. Mas, para a maioria, a redução de mortes e contágios não significa ainda que a pandemia esteja sob controle.
O epidemiologista Pedro Hallal lembrou que, apesar da enorme redução de contaminações, internações e mortes, os números deixaram de cair e apresentam, na média brasileira, estabilidade.