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Cielo tem resultado acima das expectativas

Divulgação do balanço do quatro trimestre de 2020 reflete esforço de controle de custos da empresa, diz análise do Safra

Fachada da sede da Cielo

Recomendação do Banco Safra para as ações da Cielo é “neutra”, com preço-alvo de R$ 5 | Foto: Divulgação

A Cielo (CIEL3) reportou na terça-feira, 26, resultados para o quarto trimestre de 2020 melhores do que o esperado pelo mercado.

O Banco Safra, que define o rating da ação da empresa como “neutro”, divulgou uma nova análise que reflete o balanço e os avanços apresentados pela companhia. O preço-alvo (valor potencial) definido pelo banco para cada papel da Cielo é de R$ 5.

A empresa fechou o último trimestre do ano passado com lucro líquido de R$ 298,2 milhões, alta 197% em relação ao trimestre anterior.

O valor veio acima das estimativas, tanto de mercado quanto do Safra. Para a instituição, o balanço reflete o bom trabalho no controle de custos e redução de despesas.

Os analistas do Banco Safra avaliam que a Cielo reportou melhorias em todas as unidades de negócio dos trimestres anteriores. No entanto, ressaltaram que “a sazonalidade é um fator importante para o quarto trimestre”.

Em 2020, o lucro líquido consolidado da Cielo foi de R$490 milhões, queda de 68,3% em comparação a 2019.

Balanço no detalhe

Em sua análise de ações para a Cielo, o Banco Safra deu destaque a alguns recortes do balanço. A receita líquida totalizou pouco mais de R$ 3 bilhões no quarto trimestre de 2020, 4,9% superior ao trimestre anterior.

O número, segundo o Safra, é consequência da recuperação dos volumes transacionados, da forte sazonalidade e da valorização do dólar que favoreceu a subsidiária internacional da companhia.

A receita líquida da Cielo Brasil (divisão de adquirência) atingiu R$ 1,3 bilhão, alta de 8,0% no trimestre e 1,3% no comparativo anual (revertendo a tendência de queda dos trimestres anteriores).

O volume total transacionado de adquirência atingiu R$189bi no quatro trimestre de 2020. A Cielo também reportou um aumento no Receba Rápido (produto de pré-pagamento de dois dias), que representou 10% do volume de crédito no último trimestre.

Como resultado, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente consolidado da Cielo atingiu R$ 768 milhões, com margem Ebitda de 25,4% – um aumento de 21,3% sobre o ano anterior.

Ações da Cielo: pontos positivos e riscos

A análise do Safra pontua que a empresa conseguiu sustentar volumes em sua operação e controlar custos e despesas. Entretanto, o banco alerta que “é cedo para afirmar que este é o ponto de inflexão da ação. Veja os tópicos positivos e de risco elencados para a Cielo:

Pontos positivos

  1. Oportunidades de crescimento no setor;
  2. Escala de liderança e altos níveis de lucratividade; 
  3. Grandes nomes por trás – a Cielo é controlada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil, que são dois dos os maiores bancos do Brasil;
  4. Forte geração de fluxo de caixa livre;
  5. Foco na Inovação;
  6. Forte base de dados com informações que podem ser traduzidas em consultoria e receitas de dados.

Riscos

  1. Mudanças no ambiente regulatório;
  2. Nesse contexto, o Banco Central do Brasil possui uma circular que determinou que, a partir de outubro de 2018, a taxa de intercâmbio em cartões de débito terá um preço limitado;
  3. O ambiente competitivo parece se tornar mais difícil;
  4. Novas tecnologias podem atrapalhar e alterar significativamente os negócios dos adquirentes;
  5. Risco de crédito e inadimplência.

A análise completa do Banco Safra para as ações da Cielo pode ser lida no site da instituição

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