Clubes brasileiros lucram R$ 5,7 bilhões com transferências em 5 anos

Conhecido por ser um exportador de atletas, o mercado de clubes brasileiros de futebol registrou lucro de 1,02 bilhão de euros (R$ 5,7 bilhões) nos últimos cinco anos com transferências nacionais e internacionais.

A cifra é a segunda maior entre as balanças comerciais dos times dos 40 países mais ativos com relação a venda e compra de jogadores.

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O País fica atrás apenas de Portugal, cujo saldo desde julho de 2017 acumula 1,147 bilhão de euros (R$ 6,4 bilhões). Os dados foram divulgados pela CIES Football Observatory, instituição de análises do futebol.

Conforme relatório, organizado com base em relatórios oficiais da Fifa (federação que rege a modalidade no mundo), o lucro dos clubes brasileiros advém de 1,286 bilhão de euros (R$ 7,2 bilhões) de receitas com vendas e 265 milhões euros (R$ 1,4 bilhão) de gastos com contratações.

Os times portugueses, por sua vez, arrecadaram 1,674 bilhão euros (R$ 9,3 bilhões) e gastaram 527 milhões de euros (R$ 2,9 bilhões).

Completando o pódio de balanças positivas vem os Países Baixos (Holanda), com 1,173 bilhão de euros (R$ 6,5 bilhões) arrecadados e 431 milhões de euros (R$ 2,4 bilhões) investidos em transferências.

Os dados do CIES incluem eventuais acréscimos independentemente do pagamento efetivo na hora da compra ou venda de um atleta, bem como percentagens de revenda.

No entanto, o instituto alerta que essas informações, como as próprias taxas de transferência, nem sempre estão disponíveis. Os números apresentados devem, portanto, ser considerados aproximações tão precisas quanto possível.

'Gastões' e diferença do lucro para os clubes brasileiros

Do outro lado da tabela, o relatório aponta a Inglaterra tem a balança de transferências mais negativa do mundo do futebol: 4,350 bilhões de euros (R$ 24,4 bilhões).

Os ingleses, inclusive, são os que mais gastaram ao longos dos últimos cinco anos, chegando a 6,922 bilhões de euros (R$ 38,8 bilhões). Já as receitas alcançaram 2,572 bilhões (R$ 14,4 bilhões).

Para se ter uma ideia de como os ingleses têm poder financeiro muito acima do restante do mundo, a Itália, segunda colocada com o maior prejuízo referente às negociações de atletas, aparece com 910 milhões de euros (R$ 5,1 bilhões) negativos.

Os italianos arrecadaram 2,213 bilhões (R$ 12,4 bilhões), mas gastaram 3,123 bilhões euros (R$ 17,5 bilhões).

Na antepenúltima posição, aparece curiosamente o mercado de futebol da China, com saldo negativo de 433 milhões de euros (R$ 2,4 bilhões), resultado de 141 milhões de euros (R$ 790 milhões) em receitas e 574 milhões de euros (R$ 3,2 bilhões) investidos em jogadores.

Top 5 mercados do futebol com balanças de transferências positivas

País | Gasto | Receita | Saldo final (em euros)

1. Portugal | 527 milhões | 1,674 bilhão | 1,147 bilhão
   
   
2. Brasil | 265 milhões | 1,286 bilhão | 1,02 bilhão
   
   
3. Países Baixos (Holanda) | 431 milhões | 1,173 bilhão | 742 milhões
   
   
4. França | 2,410 bilhões | 3,1 bilhões | 690 milhões
   
   
5. Argentina | 176 milhões | 774 milhões | 598 milhões

Top 5 mercados do futebol com balanças de transferências negativas

País | Gasto | Receita | Saldo final (em euros)

1. Inglaterra | 6,922 bilhões | 2,572 bilhões | -4,350 bilhões
   
   
2. Itália | 3,123 bilhões | 2,213 bilhões | -910 milhões
   
   
3. China | 574 milhões | 141 milhões | 433 milhões
   
   
4. Rússia | 723 milhões | 334 milhões | 389 milhões
   
   
5. Arábia Saudita | 395 milhões | 22 milhões | 373 milhões