Após o dia em baixa, dólar acelera no final da sessão e fecha em alta
Moeda americana engata a quarta alta seguida e sobe 0,52%, sendo cotada a R$ 4,91, depois de oscilar entre R$ 4,86 e R$ 4,92
09/06/2022Após passar o dia em queda, o dólar inverteu a tendência e fechou no terreno positivo na quarta alta consecutiva. Os dados de inflação melhores do que o esperado pesavam na divisa. Mas o cenário externo foi decisivo para a moeda americana frente às divisas emergentes.
Com isso, a moeda americana fechou em alta de 0,52% e foi cotada a R$ 4,91, depois de oscilar R$ 4,86 e R$ 4,92.
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Com o resultado desta quinta, o dólar passou a acumular alta de 3,40% no mês. No ano, tem desvalorização de cerca de 12% no ano frente ao real.
O mercado recebeu bem aos dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para maio divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que vieram melhores do que o esperado em 0,47%. A prévia era de 0,60%.
“O acumulado ainda é muito alta e chega a 11,73%, mas está abaixo das expectativas do mercado que era de 11,84%”, disse Marcelo Oliveira, CFA e sócio-fundador da Quantzed. “O mercado reage bem com o número positivo, prova disso é o dólar que iniciou a sessão em queda.”
No exterior, os investidores continuam monitorando as medidas das autoridades monetárias para controlar a inflação global.
O Banco Central Europeu, por exemplo, decidiu nesta quinta-feira manter sua taxa de refinanciamento em 0%, a de depósitos em -0,50% e a de empréstimo em 0,25%.
Apesar da manutenção, o BCE deixou claro em seu comunicado o compromisso de elevar as taxas em julho e em setembro, sinalizando que depois disso um ritmo “gradual mas sustentado de altas de juros será apropriado”.
Segundo o BCE, “a inflação elevada é um grande desafio” e em função, disso, tem a intenção de levá-la de volta à meta de 2%.
“Mas as pressões inflacionárias têm se disseminado e intensificado, com preços de muitos bens e serviços aumentando fortemente”, informou o BCE.
A instituição elevou projeções para a inflação neste ano, em 2023 e 2024 e cortou as do PIB da zona do euro neste ano e no próximo. (Com AE)