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Com alta dos combustíveis, Ultrapar, dona da Ipiranga, amplia margem de lucros

Ebitda ajustado no primeiro trimestre foi de R$ 873 milhões, alta de 12% ante o 4 º trimestre, com melhores margens na Ipiranga

Posto de combustível

Ao todo, foi mais um trimestre positivo para a Ipiranga, com preços de combustível mais altos e melhores margens | Foto: Getty Images

A Ultrapar (UGPA3), dona da Ipiranga, apresentou bons resultados no primeiro trimestre, com Ebitda ajustado das operações continuadas de R$ 873 milhões, alta de 12% no comparativo trimestral refletindo principalmente melhores margens na Ipiranga, com preços mais altos e despesas menores mais do que compensando a queda nos volumes.

Segundo o Safra, o Ebitda total foi 12% superior às estimativas da instituição, pois os volumes da Ipiranga ficaram 4% acima da previsão, levando a uma maior diluição de custos e despesas e uma melhora sequencial na margem unitária ante uma contração esperada de R$90/m3.

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O lucro líquido de R$ 108 milhões ficou abaixo dos R$ 332 milhões do trimestre imediatamente anteiror, em razão das maiores despesas financeiras e ganho de capital registrado no trimestre anterior e comparado à expectativa do banco de R$ 96 milhões, pois o aumento do Ebitda foi parcialmente compensado por maiores despesas financeiras.

Ao todo, foi mais um trimestre positivo para a Ipiranga, com preços de combustível mais altos, resultando em melhores margens e para a Ultracargo, pois os resultados refletiram o crescimento da capacidade e dos preços.

Os volumes da Ipiranga caíram 5% sequencialmente para 5,4 milhões de m3, com redução de 4% no diesel e 7% no ciclo Otto.

Quando ajustado pelos ganhos na venda de ativos, o Ebitda foi de R$ 594 milhões, 11% superior ao trimestre anterior, resultado da recuperação das margens. A margem Ebitda de R$ 110/m3 foi 17% superior aos R$ 94/m3 no quarto trimestre de 2021, apesar dos volumes sequencialmente menores.

Na Ultragaz, volumes sazonalmente menores, 4% no comparatio trimestral, levaram o Ebitda a R$ 213 milhões, parcialmente compensado por menores despesas. O Ebitda da Ultracargo atingiu R$ 114 milhões, alta de 13% ante o trimestre imediatamente anteior, como resultado de expansões de capacidade com melhor rentabilidade, reajustes contratuais e menores despesas.

Em relação às operações descontinuadas, a venda da Oxiteno foi concluída em abril e a venda da Extrafarma deverá ser concluída até o final do ano.

A empresa encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 13,4 bilhões, equivalente a 3,1x o EBITDA ajustado, acima da dívida líquida do quarto trimestre do ano passado de R$ 11,7 bilhões e 2,9x.

O aumento da dívida líquida reflete principalmente o aumento de R$ 1,5 bilhão no capital de giro durante o trimestre que, segundo a administração, deve-se aos maiores preços de combustível e GLP.

A Ultrapar aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio de R$ 450 milhões, equivalentes a R$ 0,35/ação (líquido de impostos) e rentabilidade de 2,9%. As ações são negociadas ex-juros a partir de 24 de maio e o pagamento terá início em 10 de agosto.

Vale a pena investir em UGPA3?

  1. Ultrapar é uma empresa premium no Brasil, com sólido histórico de resultados e alta qualidade na equipe de gestão;
  2. Possui sólido fluxo de caixa e negócios muito sustentáveis, oferecendo assim um investimento de baixo risco;
  3. Provou ser capaz de ajustar sua estratégia em diferentes condições de mercado.

Quais os principais riscos de UGPA3?

  1. A Petrobras é o principal fornecedor de combustíveis e GLP no Brasil, e mudanças na política de preços ou no fornecimento podem afetar as margens do grupo;
  2. Como o setor é altamente sensível à economia, pode haver mudanças nos impostos e encargos do governo que afetem materialmente as estimativas.

Sobre o Ultrapar (UGPA3)

O Ultrapar é hoje um dos principais grupos empresariais do país. A companhia mantém posições de liderança nos segmentos de negócios em que atua: distribuição e varejo especializado, por meio da Ipiranga, no setor de combustíveis; da Ultragaz, no segmento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP); e Extrafarma, no varejo farmacêutico; indústria de especialidades químicas, por intermédio da Oxiteno; armazenagem de granéis líquidos, por meio da Ultracargo.

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